6.7 C
Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Para Firjan, reoneração da folha será “pá de cal” no processo de retomada da economia

Estima um custo adicional de R$ 8,9 bilhões ao setor industrial, caso a medida seja efetivada, após aprovação também pelo Senado Federal.

 A reoneração da folha de pagamentos de 28 setores produtivos da economia, aprovada na Câmara dos Deputados nesta semana, poderá representar uma “pá de cal” sobre o processo de recuperação pelo qual passa a economia brasileira. A avaliação é da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que, em nota, estima um custo adicional de R$ 8,9 bilhões ao setor industrial, caso a medida seja efetivada, após aprovação também pelo Senado.

“Este montante equivale à remuneração de quase 400 mil colaboradores das atividades industriais hoje desoneradas, empregos que ficarão em risco”, diz a entidade, que cita o corte de 2,9 milhões de empregos ao longo dos últimos três anos, em decorrência da recessão econômica. “A reoneração será uma pá de cal no atual processo de recuperação da economia”, afirma a Firjan.

A entidade avalia que os setores mais prejudicados pela reoneração da folha de pagamentos seriam os de fabricação de carne, produtos farmacêuticos, materiais plásticos e autopeças. “Estes setores empregam hoje 202 mil trabalhadores com a economia gerada pela desoneração da folha. As quatro atividades somam quase 40% da força de trabalho da indústria brasileira”, argumenta.
A Firjan afirma que a solução do impasse com os caminhoneiros não pode passar pela elevação de impostos, o que traria consequências para toda a sociedade.

- Publicidade -

 

Fetaep apoia paralisação

Para a Fetaep (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná), apesar dos transtornos causados, há o apoio a qualquer manifesto que seja em benefício da sociedade, principalmente o atual, envolvendo a alta dos combustíveis.

“Por isso, o ato dos caminhoneiros torna-se legítimo diante de um cenário cada vez mais abusivo no que diz respeito aos valores cobrados nas bombas. Os agricultores são diretamente atingidos pelos aumentos recorrentes, afinal temos os maquinários que dependem do insumo e a sua alta mexe diretamente no aumento do nosso custo de produção agrícola, que já é grande”, afirma o vice-presidente da Fetaep, Marcos Brambilla. De acordo com ele, o combustível, principalmente o diesel, é essencial para a agricultura. “Afinal nenhum agricultor consegue colocar qualquer produto em sua lavoura sem ele. Além disso, temos também a colheita e o transporte. Ou seja, tudo está diretamente ligado ao resultado do nosso trabalho, que é o alimento que a gente produz”, afirma Marcos Brambilla.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques