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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Queijo colonial de Itapejara D’Oeste é eleito o melhor do Paraná

Regional

Roseli Martinazzo, vencedora do concurso, e Mary Stela Bischof, do Instituto Emater e coordenadora estadual do Projeto Estratégico Agroindústria.

Roseli Martinazzo, vencedora do concurso, e Mary Stela Bischof,

do Instituto Emater e coordenadora estadual do Projeto Estratégico Agroindústria.

É de Itapejara D’Oeste o melhor queijo colonial do Paraná. O queijo Martinazzo ficou em primeiro lugar no Concurso de Queijos Artesanais do Paraná, promovido pela Emater. Os vencedores foram anunciados sexta-feira, no Mercado Municipal de Curitiba. Os outros queijos eleitos foram queijo colonial de gado Jersey (Santana do Itarará) e o queijo São João (Carambeí). Ao todo, participaram da competição 195 queijeiros de 90 municípios de todo Paraná, na maioria pequenos produtores. Dos 21 finalistas, 15 trazem mulheres à frente da linha de produção.
A produtora Roseli Martinazzo foi retratada na última edição da Revista Gente do Sul-Agronegócio, quando contou um pouco sobre seu trabalho e vocação para a produção de queijo artesanal. Ela contou à reportagem do JdeB que ficou feliz com o resultado do concurso. “Depois de Deus e da família, com certeza este é o maior presente que eu recebi. Representa a valorização do meu serviço, não tem dinheiro que pague.”

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Ela diz que a premiação motiva ainda mais continuar trabalhando com qualidade. “A ideia é conservar a tradição familiar, a cultura da nossa família, minha sogra sempre produziu queijo.”

 

Visita técnica
De acordo com Maria Helena Fracasso, extensionista da Emater, o concurso foi um sucesso com participação de produtores de todas as regionais. Foram escolhidos 21 finalistas de todo o Paraná. A premiação, além de troféu e certificado, inclui uma visita técnica a produtores de queijos artesanais de um estado onde a produção de queijo com leite cru já está legalizada. “Essa premiação para o Sudoeste representa um grande avanço, pois ainda há muita dificuldade com a inspeção. Ajuda desmistificar o pensamento equivocado de que o queijo artesanal não tem qualidade. Há uma série de critérios a serem seguidos no processo de produção. ”

O técnico da Emater municipal de Itapejara D’Oeste, Cristiano Frigo, diz que há um acompanhamento contínuo à Queijaria Martinazzo. “A assistência técnica é prestada há muito tempo, tem ainda o trabalho do Departamento de Agricultura, que legalizou a agroindústria.” Ele diz que a queijaria é a mais organizada do município, com processos de autocontrole e padronização da produção. “Há ainda a questão da sucessão familiar, que é muito importante. Tem o filho da Roseli Martinazzo que trabalha com eles e a filha que está voltando para trabalhar junto e assumir a produção, ou seja, o negócio da família. ”

O gerente regional da Emater, Orley Lopes, observa também que a premiação reflete que a região tem um grande potencial para a produção de alimentos. “Temos cursos nas instituições de ensino neste setor, temos matéria prima que está indo para fora. Precisamos transformar aqui para agregar valor, gerar emprego e renda.”

 

A rotina na fábrica
Roseli produz queijos todos os dias. O marido acorda cedo, por volta das 4h30, ordenha as vacas e o leite é puxado até a agroindústria pelo filho Márcio, que ajuda na produção. Roseli levanta uma hora mais tarde e, antes mesmo de tomar café, já vai para o serviço.

Ela trabalha na fábrica até meio-dia e à tarde cuida dos afazeres domésticos. A produtora diz que não há nenhuma receita especial para seu queijo, apenas “amor e carinho para o queijo sair benfeito”. Ela produz queijos colonial, temperados e curados com vinho. A venda ocorre nos supermercados do município e na feira, junto com outros produtos seus, como doces, conservas, geleias, legumes, etc.

E tem muita gente que vai até a casa de Roseli para comprar. “Tem muitos visitantes que, quando vêm para Itapejara D’Oeste, sempre levam nosso queijo. Tem um cliente de São Paulo que leva de 25 a 30 quilos, para ter o ano todo.” Ela diz que foi a propaganda boca a boca que ajudou o queijo a se tornar conhecido e apreciado.

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