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Francisco Beltrão
sábado, 28 de junho de 2025

Edição 8.235

28/06/2025

O traço perfeito do artista plástico catarinense Elton Brunetti

Ele é um estudioso e também professor da pintura a óleo.

São mais de mil quadros, em 18 anos de profissão, embora seja pouco conhecido em Beltrão, cidade onde reside, ainda que suas obras percorram o País. Assim é Elton Brunetti, 39 anos, artista plástico realista, que logo deve se tornar uma referência no Brasil, tamanho talento. Suas telas têm sido vendidas no mercado nacional, incluindo estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e, principalmente, para Minas Gerais, bem como no mercado internacional, como para o Japão. “Já perdi a conta, a numeração exata, há um tempo eu numerava minhas telas; já passam de mil obras vendidas pra todo o Brasil. Eu mesmo, em casa, tenho só o que produzi ultimamente.”

Ele ganhou visibilidade com o retrato de sua esposa Simone, que foi premiado como obra destaque na 1° Semana de Artes Plásticas, em Francisco Beltrão. “Embora eu pinte há 18 anos, eu fiquei muito tempo fora das mídias sociais, faz apenas um ano que eu tenho minha página no Facebook ‘Elton Brunetti – Art’, com quase cinco mil curtidas; assim como faz quatro meses que eu criei um canal no YouTube, onde posto minhas pinturas, eu filmo e posto o passo a passo. Toda semana eu posto um vídeo novo e tem circulado bem, tem sido surpreendente. Eu tenho minha página no Instagram ‘Elton Brunetti’ há seis meses. Sou recente nas mídias sociais, mas tenho publicado diariamente tanto no Instagram, quanto no Facebook, Brasil afora, e isso tem sido bem significativo.”
Atualmente, Elton ministra workshops de pintura, ficando até cinco dias em cada cidade, em diferentes Estados. Ele dá aulas de pintura, sendo contratado por um grupo de alunos de determinados ateliês.

História em quadrinhos
Antes de começar com a pintura, Elton trabalhou com o desenho de histórias em quadrinhos, pintando super-heróis. Fez muitos testes para desenhar para DC e Marcel Comics, dos Estados Unidos, assim como publicou bastante no Brasil, nos anos 1999 e 2000, tanto na linha de fanzines, para editoras como Scala e Heavy Metal, onde publicou tanto personagens nacionais, como personagens seus, na época. Foi com as histórias em quadrinhos que desenvolveu a técnica no desenho, tanto na parte de anatomia, quanto de sombra e perspectiva.
“Após isso foi que eu parti para a pintura, onde tive que readaptar o meu desenho para o estilo hiper-realismo, que é o que eu trabalho. Fui estudar história da arte, estudar pintura, conhecer mais a fundo toda a técnica da pintura a óleo, em livros e em outros meios que eu conseguisse na época, então pesquisei muito, estudei muito sobre história da arte, sobre cada categoria de arte para que pudesse compreender esse universo da arte.”

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Qual a obra mais difícil?

 “A minha técnica é chamada de realismo ou hiper-realismo, embora eu não goste muito dessas nomenclaturas de dar um título ao estilo, porque hoje, dentro do modernismo, é difícil caracterizar um estilo, alguns artistas sim seguem o impressionismo, ou até mesmo o neoclassicismo, mas o meu estilo de arte se assemelha mais ao realismo, mas não ao realismo do século 19, em que os pintores realistas pintavam somente aquilo que eles podiam contemplar, não, o meu estilo já difere um pouco disso, esse realismo moderno, que procura chegar ao tom mais próximo do real, com a pintura do qual alguns caracterizam também com hiper-realismo”, comenta Elton, sobre seu estilo.

Ele tem dificuldade para responder qual a obra mais marcante. “Fiz telas com o retrato da minha esposa Simone, do meu filho Pedro Henrique e da minha filha Alana, que são obras muito marcantes, por serem pessoas muito próximas, que eu amo muito, mas é complicado dizer exatamente uma, porque a cada nova pintura eu coloco todo o meu conhecimento, todo o meu eu, todo o meu Elton. Por exemplo, estou pintando um leão e toda minha profundidade de arte eu coloco na pintura, então quando eu encerro um trabalho eu olho pra ele como o meu melhor trabalho, até eu fazer outro e ver como o meu melhor”, afirma.

Com 18 anos de experiência na pintura, ele já não vê mais dificuldades, independentemente do desenho, mas destaca que os retratos são bastante trabalhosos, pois requerem mais atenção. “Pra pintar um retrato é questão de milímetros, você não pode errar um milímetro no olho, no nariz, na boca, que isso já descaracteriza um pouco a pessoa, então tem que ter uma exatidão muito grande.”

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