Ranking feito pela Folha de S. Paulo elenca as melhores universidades e melhores cursos do Brasil.
O Paraná tem dez universidades públicas entre as 100 melhores do País, conforme resultado do Ranking Universitário Folha (RUF), do jornal Folha de São Paulo, divulgado nesta semana. O levantamento elencou as 100 melhores instituições públicas e as 100 melhores privadas.
Universidade Federal do Paraná (7º), UEM (23º), UEPG (39º), UTFPR (47º), Unioeste (53º), Unicentro (65º), UFFS (70º), Uenp (90º), Unila (91º) e Unespar (96º) sãos as instituições públicas mais bem colocadas.
Entre as 100 melhores universidades privadas do Brasil, o Paraná emplacou cinco instituições. PUC-PR (3º), Positivo (21º), Unopar (32º), Unipar (52º) e Tuiuti (56º). A nota total recebida pelas universidades é calculada a partir de cinco indicadores que somam cem pontos: qualidade do ensino, percepção do mercado de trabalho, inovação, pesquisa acadêmica e internacionalização.
O Sudoeste do Paraná possui campus da UTFPR (três), UFFS (um), Unioeste (um), Unicentro (um) e Unipar (um), portanto, cinco das 100 melhores universidades do País. Além disso, tem unidades de Ensino a Distância (EAD) da Unopar, que também ficou bem colocada.
O professor Clério Plein, assessor de planejamento da Unioeste de Francisco Beltrão, disse que apesar do cenário de corte de gastos nas universidades públicas, a Unioeste tem se mantido como uma instituição de ponta em qualidade de ensino. Isso decorre, segundo ele, do empenho do corpo docente, “que atuam muito além de sua carga horária contratada, e também ao programa de pós-graduação”. No campus de Francisco Beltrão são quatro mestrados (Mestrado em Educação, Mestrado em Geografia, Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional, Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde) e doutorado em Geografia. “Muito do avanço dos programas de pós-graduação se deve ao trabalho voluntário dos professores, porque nem tudo é contabilizado em carga horária. Por isso, a produção de pesquisa é muito forte e importante, dando maior visibilidade para a universidade.”
O professor Alexandre Alfaro, diretor do campus da UTFPR, também acredita que a pesquisa é um dos diferenciais que ajuda a universidade se destacar. “A UTFPR tem um trabalho de aproximação com o setor produtivo, com questões de inovação, registros de patentes, de softwares, se dedicando ao tripé de ensino, pesquisa e extensão.” De acordo com ele, além de bem posicionada no RUF, a UTFPR é a 49ª melhor instituição de ensino superior da América Latina pelo ranking da revista britânica Times Higher Education (THE) e a 24ª melhor universidade brasileira. Apesar de ser uma universidade jovem, Alfaro lembra que a UTFPR tem mais de 100 programas de pós-graduação. Ele relata que há uma equipe dedicada a trabalhar em cima dos indicadores avaliados nos mais diversos rankings, sempre com foco na qualidade do ensino, pois ficar bem posicionada é uma forma de dar visibilidade à universidade.
A única universidade privada com câmpus na região Sudoeste é a Unipar. Ela oferece programas de doutorado e mestrado que estão acessíveis a alunos de qualquer unidade da instituição. Na semana passada, uma aluna de Francisco Beltrão apresentou sua tese de mestrado para uma banca de professores que estava em Umuarama. Além de dezenas de cursos de especialização, a Unipar oferece programas de pós-graduação em Biotecnologia Aplicada à Agricultura, em nível de Mestrado e Doutorado; pós-graduação em Ciência Animal com Ênfase em Produtos Bioativos, também em nível de Mestrado e Doutorado; curso de mestrado acadêmico em Direito Processual e Cidadania; Mestrado Profissional em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica.
O professor Claudemir José de Souza, diretor da Unipar de Francisco Beltrão, afirma que a universidade está bem posicionada em vários rankings que medem a qualidade do ensino superior do País. Cita como exemplo o curso de Odontologia que está entre os 20 melhores do Brasil. Ressalta também que a região está contemplada com as melhores universidades do País e, ao contrário do que acontecia no passado, os alunos não precisam mais sair daqui para cursar graduação ou programas de pós-graduação em grandes centros.
Ranking da Folha
Uma das novidades do RUF este ano é que o indicador de inovação, com peso de 4% na nota final, passou a contabilizar, além das patentes solicitadas pelas instituições de ensino, a quantidade de estudos acadêmicos publicados pelas universidades em parceria com o setor produtivo.
O RUF deste ano também amplia de dois para cinco anos (2011-2015) o recorte temporal da coleta dos dados relativos à produção científica das escolas do País.
Outra mudança metodológica diz respeito ao valor dado à nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) na fórmula do RUF. Esse componente, agora, passa a valer quatro pontos – o dobro do que valia na edição anterior do ranking.
Os dados do Ranking Universitário Folha 2018 mostram que, entre as universidades brasileiras privadas, as melhores são confessionais (vinculadas a igrejas ou religiões). Dos 40 cursos avaliados, os melhores são de universidades públicas. Porém, em 23 deles, há ao menos uma instituição privada classificada entre as dez melhores.
*Com informações do Jornal Folha de S. Paulo.
