Regional

Luersen, Ricardo, Bellé, Campagnollo, Kafer, govenardora Cida Borghetti, Yurk e Brizola, no momento dos discursos de ontem, ao pé da barragem da Usina Baixo Iguaçu de Capanema.
Foto: Ivo Pegoraro/JdeB
A governadora Cida Borghetti participou ontem do evento que comemorou a conclusão da barragem e o enchimento do reservatório da Hidrelétrica Baixo Iguaçu. A usina construída pela Copel e Neoenergia fica no Rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques.
Com três unidades geradoras, a usina totaliza 350 megawatts, suficiente para atender ao consumo de um milhão de pessoas. A unidade deve começar a operar em teste em janeiro e entrar em funcionamento entre março e abril.
O empreendimento, afirmou a governadora, vai impulsionar o desenvolvimento da região: “A usina abre um importante leque de oportunidades para a população, um nicho de trabalho nas áreas de turismo e de esportes náuticos. Isso é fruto de um empreendimento que alia desenvolvimento com a preservação ambiental”.
Ela enfatizou a expansão e a capacidade da Copel no segmento de geração de energia e destacou que na quarta-feira, 26, participou de eventos que marcaram o início das operações, em fase de testes, do Parque Eólico Cutia Bento Miguel, no Rio Grande do Norte, e da Usina Hidrelétrica Colíder, no Mato Grosso.
Essas duas unidades, e mais a Usina Baixo Iguaçu, somam R$ 6,6 bilhões em investimentos, têm capacidade de geração somada de 963 megawatts, suficiente para atender 2,7 milhões de pessoas. “Os profissionais da Copel não mediram esforços para colocar em prática toda a expertise da empresa nestes empreendimentos”, afirmou Cida.
Ambiente
A usina Baixo Iguaçu fica no trecho final do Rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques. A hidrelétrica teve investimento total de R$ 2,4 bilhões, sendo 30% da Copel. A obra começou em 2013 e, no pico, gerou 3.100 empregos.
O presidente da Copel, Jonel Yurk, lembrou que essa usina é o último grande aproveitamento do Iguaçu e a sexta hidrelétrica do rio. Ele ressaltou que a unidade contribui para o desenvolvimento não só do Paraná como do País, pois, como o sistema elétrico nacional é interligado, a energia vai para vários lugares do Estado e outras regiões do Brasil.
Ele reforçou, também, o impacto da obra sobre o meio ambiente. “Com a formação de uma área de proteção permanente haverá a recuperação de quase dois mil hectares de matas, o que ajudará a proteger o Parque Nacional de Iguaçu”, disse.
Iurk afirmou, ainda, que existem outros rios no Paraná com potencial para construção de hidrelétricas: “O Ministério de Minas e Energia e a Aneel identificaram nos rios Piquiri e Tibagi potencial para empreendimentos de médio porte”.
Municípios
Capanema e Capitão Leônidas Marques, com áreas abrangidas na construção da usina, serão diretamente beneficiados com o aumento na arrecadação de impostos e geração de empregos. O prefeito de Capanema, Américo Bellé, destacou a criação de empregos durante a obra e reforçou o empreendimento como fator que impulsionará o desenvolvimento.
“É o maior empreendimento da história do nosso município”, disse Bellé. O prefeito destacou que os repasses de ISS e ICMS ampliarão as possibilidades de investimentos do município em áreas prioritárias, o que beneficiará diretamente a população. “Baixo Iguaçu será, pelos próximos anos, a maior indústria limpa da nossa região, fonte de geração de recursos financeiros e de empregos na área do turismo”, disse o prefeito.
Presenças
Também participaram da solenidade o diretor de geração e transmissão da Copel, Sérgio Luiz Lamy; o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Carlos Manzato; o deputado federal Ricardo Barros e o deputado estadual Nelson Luersen. O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, que é morador de Capanema; o vice-prefeito de Capanema, Milton Kafer; e o presidente eleito da Câmara de Vereadores de Capanema, Valdomiro Brizola, além de prefeitos de toda região.