6.2 C
Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Cavernas são visitadas por pesquisadores da UEL

Eles estiveram em Marmeleiro e Flor da Serra do Sul.

Glauber Stefano, Rosana Kostecki e Angelo Spoladore na gruta existente no interior de Marmeleiro.

Foto: Facebook/Claudio Loes

O professor e pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Angelo Spoladore, pós-doutor em Geologia, esteve na região entre os dias 21 e 23 de fevereiro. Ele estava acompanhado de Glauber Stefano, mestrando; e Rosana Kostecki, doutoranda, ambos pela UEL. O grupo visitou cavernas no interior de Flor da Serra do Sul e Marmeleiro com o apoio do educador ambiental e escritor Claudio Loes, de Beltrão.

- Publicidade -

As cavernas foram indicadas por Claudio Loes, que nos últimos anos tem se dedicado a visitar e catalogar estes locais que ficam em propriedades rurais espalhadas por toda a região. O professor Angelo é estudioso de cavernas no Paraná e no Brasil. Em relação às visitas à região, Angelo disse que iria “tentar ver como que essas cavernas se formaram, eu vou olhar com cuidado os minerais, as rochas, o basalto, e eu vou tentar ver como que elas se formaram, pode ser um rio, um lago, não sei”.

A colonização do Sudoeste tem cerca de 70 anos. Os primeiros municípios foram constituídos mais próximos de União da Vitória – Palmas, Clevelândia e Mangueirinha. As regiões de Pato Branco e Francisco Beltrão foram colonizadas nas décadas de 40 e 50. Em relação à colonização da região Norte do Estado, a ocupação do Sudoeste é mais recente.

 

Exploração destes locais
Em função disso, o professor foi inquirido se as pesquisas e explorações na região Norte estariam avançadas. “Em Londrina está basicamente no mesmo compasso que aqui. Lá em Londrina é pouco utilizado, nesse ponto [aqui] está igual a Londrina, é pouco explorado turisticamente as cavernas.”

Angelo diz que as cavernas podem ser exploradas como atrativos turísticos nos municípios. “Desde que contratado um geólogo, porque pra entrar numa caverna precisa de um espeleólogo, um geólogo, um profissional especializado em espeleologia”, ressalta.

Em relação às informações geológicas das explorações que fez, o professor informa que “tirando essas cavernas de basalto, que é completamente comum, tem as cavernas de arenito que também é incomum, e também tem as cavernas em ciutito que é mais incomum ainda. Então eu só encontrei cavernas incomuns, pra falar que eu não trabalhei em uma caverna de mármore, eu mapeei uma caverna de mármore e só”.

Angelo salienta que não tem enfrentado restrições ao seu trabalho por parte dos donos dos imóveis rurais onde se encontram tocas ou cavernas. “Os proprietários das cavernas que eu fui até agora eles sempre me trataram positivamente, excelentes, mas eu sei que tem outras que eles restringem e é um problema isso.”

O pesquisador informa que há apoio governamental para os projetos turísticos de visitação às cavernas. Para permitir a visitação, no entanto, as prefeituras têm de elaborar planos turísticos e pleitear verbas do Governo Federal. Ele não tem enfrentado restrições de verbas para estudar as cavernas. “ [Pra] Todas tem que montar projeto, agora cada vez aumenta mais a burocracia, mas tem que montar projeto mesmo, eles liberam verba mediante projeto”, frisa.

Angelo conta que nas suas incursões a estes locais já encontrou objetos de ponta de flecha de índios e material lítico.

Claudio Loes adiantou informações sobre as cavernas que seriam visitadas. Uma delas, que seria visitada dia 21, em sítio da comunidade de Pedra Lisa, Flor da Serra do Sul, tem em torno de 27 metros de profundidade. Mas o professor Angelo faria a medição certa. O educador ambiental diz que tem percebido, por experiência, que há tocas e cavernas que estão desabando, “vão desabando, então, com o tempo vai caindo porque o basalto vai trincando e tudo mais…”

No interior de Marmeleiro foram visitadas uma gruta na Linha Gruta e uma caverna na Linha Padre Anchieta. A primeira, em Pedra Lisa é uma caverna alta, que pode-se entrar caminhando. As outras duas os pesquisadores teriam de entrar engatinhando. Os pesquisadores fizeram fotos, verificaram o tipo de rocha existente e fizeram medições dos locais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques