Saúde

Um estudo que relaciona a exposição de mulheres da região aos agrotóxicos com a agressividade do câncer de mama será levada para Boston (EUA) e aprofundada na Universidade de Harvard. A professora Carolina Panis, do curso de Medicina da Unioeste de Francisco Beltrão, fará a análise de material coletado durante os estudos em conjunto com um pesquisador norte-americano. O projeto que mapeia a exposição aos agrotóxicos e a relação com câncer de mama agressivo é desenvolvido na Unioeste desde 2015 e acompanha mulheres da microrregião de Francisco Beltrão, servindo de subsídio para o desenvolvimento de diversos estudos de pesquisadores da região – inclusive com acompanhamento do Ceonc. O grupo constatou que agricultoras que têm algum tipo de contato com os defensivos agrícolas podem desenvolver o tipo mais agressivo de câncer de mama. Agora, o projeto pretende analisar se essa exposição causa algum dano no DNA das células e se o fator de nocividade se acumula ao longo da vida, além de alterações sanguíneas e nos tumores. “Nós queremos verificar se existem alterações específicas, uma espécie de assinatura, que esteja associada à exposição ao agrotóxico. É algo inédito e que não pode ser feito no Brasil”, explica Carolina.
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