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Francisco Beltrão
sexta-feira, 06 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Universitários embarcam em ônibus antes de elaborar projetos para transporte coletivo

Eles propõe o desenvolvimento de um facilitador aos usuários.

Mais de 70 universitários reunidos no Calçadão, sábado, apresentaram projetos para melhorar o transporte coletivo urbano. 

Foto: Assessoria Pref. FB

Alunos universitários se reuniram sábado, 18, no Calçadão de Francisco Beltrão para o primeiro circuito de Hackathon, que faz parte das atividades do Time Tech Weekend. Ao todo, 13 projetos foram desenvolvidos e apresentados, inclusive com alguns já prototipados. A proposta que ficou em primeiro lugar, prevê um aplicativo para baratear o custo do transporte público coletivo. A ideia é financiar os ônibus com publicidade e aumentar a gratuidade para os usuários, que hoje é de 36% de todo o movimento da empresa Guancino, que opera o transporte no município.
Participaram 74 universitários, que ficaram durante todo o dia trabalhando soluções que poderão ser aplicadas no curto prazo.

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O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, CIT-FBE, Sudovalley, Acefb, Sebrae, Unisep, Unipar, UTFPR e Cesul. As equipes deveriam apresentar soluções voltadas para a mobilidade urbana, com foco no transporte coletivo. Os três melhores projetos foram premiados e serão apresentados para a diretoria da empresa concessionária de Francisco Beltrão como forma de sugestões para soluções.

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Ao todo 13 projetos foram desenvolvidos e apresentados, inclusive com alguns já prototipados (já esboçados). Participaram 74 universitários, que ficaram durante todo o dia trabalhando soluções que poderão ser aplicadas no curto prazo.

O secretário municipal Inácio Pereira avaliou positivamente o evento tecnológico, lembrando que o Hackaton é uma competição que visa integrar estudantes de todas as áreas do conhecimento. “Começou com o pessoal da Tecnologia de Informação (TI) e desenvolvimento de sistemas, mas hoje ele ampliou e todas as áreas podem estar envolvidas que competem através de uma problemática”, relatou.

Segundo ele, além de apresentar soluções, o evento é um grande fomentador do empreendedorismo. “Pra nós, além de melhorar o transporte coletivo urbano, pode permitir que num evento como o de hoje (sábado) possa surgir uma nova startup formada por alunos universitários.” Conforme disse, eventos como o Hackaton são fundamentais para estimular a inovação e tecnologia no município.

 Hackaton é uma competição que visa integrar estudantes de todas as áreas do conhecimento.

Participaram 74 universitários no sábado o dia todo no Calçadão.

Foto: Niomar Pereira/ JdeB

 

Cultura de inovação
O professor Roberto Padilha, do curso de Sistemas de Informação da Unisep de Francisco Beltrão, comentou que no Hackaton os estudantes são instigados a aplicar todas as tecnologias possíveis para resolução de problemas dos cidadãos comuns. “Podem surgir novos negócios, soluções, novos equipamentos, aplicativos para celular. Daqui sairão protótipos de ideias a serem trabalhadas na sequência.”

Roberto reforçou que o evento no Calçadão teve o objetivo de divulgar o setor de tecnologia que tem uma grande demanda por profissionais. “Queremos despertar a curiosidade nas pessoas, mostrar o que o profissional de TI faz e que é uma profissão que vale a pena seguir. Assim podemos criar uma cultura de inovação na cidade, um movimento que torne a tecnologia um ponto importante da economia.”

O professor Fábio Taffe, coordenador do curso de Sistemas, disse que um dia antes do Hackaton, os alunos embarcaram num ônibus do transporte coletivo, numa simulação, inclusive lotado, para entenderem o que o usuário enfrenta no dia a dia.

Conhecimento fora da caixa
Para o estudante de Sistemas, Júlio Michel Guadagnin, quando se está na faculdade é preciso respeitar a grade curricular do MEC (Ministério da Educação), é uma fórmula que já vem pronta, linear, e não estimula a criatividade. “Aqui no Hackaton a gente consegue colocar as ideias na prática. Você pode fazer aquilo que gosta ao lado das pessoas com quem você se sente bem. Há uma motivação maior pra aprender.”

A equipe de Júlio já tirou primeiro lugar no Hackaton do Arena Tech e agora, sábado, novamente, ficou na primeira posição.
Muitas ideias podem depois receber aporte financeiro de investidores anjos e se tornarem algo muito bacana.

A classificação das equipes
1º Ponto: João Paulo S. Bóbika, Arthur Sosnowski, Júlio M. Guadagnim, Matheus Hoffmann, Wyllyan Sapieginski.
2º Happy Bus: Ana Medrado, Wagner Sariolli, Juan Trentin, Paulo Coradi, Alisson Morreto.
3º Guancino +: Alom Dahmer, Leonardo Corbari, Michel Fonseca, Lucas Willian,
Henrique Morais.

 

Conheça a proposta vencedora

Pitch time!
A equipe fez uma pesquisa com mais de 70 pessoas, principalmente na faixa etária entre 16 e 25 anos, “observamos que a maioria sequer sabe como o meio de transporte funciona. A geração atual cresceu rodeada de informações prontamente expressas e próximas e o meio de transporte coletivo acabou por não evoluir no mesmo ritmo”. Diferente disso, aplicativos como o Uber, 99 táxis e Garupa ganham cada vez mais popularidade, isso se deve pelo conforto e previsibilidade de gastos e rotas.

A equipe procurou desenvolver um facilitador informativo que entregasse uma boa experiência. O nome dele é Ponto, e com ele o usuário consegue ter mais controle sobre os horários, trajetos e custos de seu transporte. A temática é semelhante à do Uber, com a óbvia diferença de que você terá que ir até o ponto de ônibus. O Ponto oferece um sistema de recomendação de veículos recompensando o usuário que optar por pegar um ônibus num horário fora de pico, colaborando assim para o balanceamento de lotação e conforto dos usuários.

O segundo produto é o Ponto ADS. O ônibus, por si só, é um veículo que pode ter milhares de visualizações por dia. Apresentando a proposta de maneira atrativa pode despertar o interesse de empresas que trarão uma nova fonte de receita. As empresas que quiserem anunciar nos ônibus poderão comprar créditos no site do Ponto Ads, subir suas peças publicitárias e pagar apenas pelas vezes em que seu anúncio for exibido. Trazendo mais essa fonte de receita, será possível criar campanhas de incentivo direto com gratuidades e descontos para os usuários.

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