Municípios de Itapejara D’ Oeste, Planalto e Ampere deverão ser contemplados com bases nos próximos meses. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo governo federal, que deverá disponibilizar as novas ambulâncias.

O número de bases do Samu 192 no Sudoeste deve aumentar nos próximos meses. A assembleia do Ciruspar, o consórcio de municípios da região que administra o serviço, aprovou ontem a criação de bases em Itapejara D’Oeste, Planalto e Ampere. Atualmente, são dez bases para atender as 42 cidades do Sudoeste.
A proposta ainda precisa ser aprovada pelo governo federal, que deverá disponibilizar as ambulâncias para operar nos novos locais; para o consórcio, o custo mensal de cada base após a qualificação será de poucos mais de R$ 20 mil e as prefeituras irão arrumar um espaço.
“A criação destas novas bases permitirá que as equipes cheguem mais rápido aos locais de urgência e irá beneficiar nove municípios. Essa agilidade faz uma diferença enorme a quem é socorrido pelo Samu”, destacou o prefeito de Dois Vizinhos e presidente do Ciruspar, Raul Isotton (MDB).
“Isso alivia outras bases”, diz o prefeito Agilberto Perin (PSDB), de Itapejara D´Oeste. Ele antecipa que casos existentes em outros municípios que têm bases, quando “qualquer coisa” vira emergência, em Itapejara não acontecerá.
“Já temos um atendimento para pequenos incidentes; o Samu aqui vai atender somente o que for emergência”, garante.
No município, a futura base vai ocupar a antiga sede dos bombeiros comunitários, que possui toda infraestrutura necessária — consultório, cozinha, escritório, garagem, etc.
Novo rateio
A assembleia, realizada na sede da Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná), também aprovou mudanças na forma de custeio do Samu.
Quase metade dos recursos necessários para o funcionamento do serviço na região hoje vem das prefeituras e cada uma pagava entre R$ 1,20 e R$ 1,40 per capita. Agora, o pagamento será dividido em uma parte fixa (R$ 0,70 per capita) e outra variável, conforme o número de atendimentos de moradores de cada cidade.
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Na avaliação do presidente do Ciruspar, essa mudança tornará o rateio dos custos mais justo, já que alguns municípios mais distantes das bases do Samu pagavam de acordo com o número de habitantes e não o de atendimentos, mesmo com poucos casos de urgência. “Eu sempre defendi essa forma justa de cobrança, quem usa mais, paga mais, quem usa menos, paga ,menos”, comentou o prefeito Agilberto.
Ao menos 29 municípios da região tiveram menos de dez atendimentos por mês, em média, nos últimos seis meses.