Regional

No papel, se tudo der certo — as indenizações concluídas, as licenças do IAP liberadas, sem muitas intempéries —, a Central Elétrica Bela Vista, no Distrito Presidente Kennedy, em Verê, começa a funcionar em fevereiro de 2021. Foi isso que explanou o diretor da Copel Roberto Werneck Seara, na audiência pública que aconteceu ontem de manhã no pavilhão da comunidade, reunindo lideranças — como o prefeito Ademilso Rosin (PSDB), a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) e dirigentes do MAB (Movimento dos Atingidos pelas Barragens) — e as pessoas das 61 famílias que serão afetadas na obra. Roberto apresentou o cronograma de trabalho. Antes, coordenadores do MAB leram trechos do Termo de Acordo elaborado em debate com as famílias. Num determinado momento, representantes das famílias levantaram de suas cadeiras e mostraram o termo em suas mãos, num gesto de confirmação com o que estava sendo apresentado pelo líder do MAB. “Vamos analisar esse termo, sem problema”, disse Roberto. O prefeito Rosin destacou a importância da obra para o município e região, mas reiterou que seu posicionamento é que as indenizações sejam feitas dentro do que for justo.
500 empregos
A PCH será instalada no Rio Chopim, entre os municípios de Verê (onde será instalado o canteiro de obras) e São João. Quando estiver pronta, Bela Vista terá potência instalada de 29 megawatts, podendo produzir energia elétrica para até 100 mil pessoas. Na área da PCH será também construída uma subestação que será conectada à subestação Dois Vizinhos através de uma linha de transmissão de 18 quilômetros de extensão, que passará por Verê, São Jorge D’Oeste e Dois Vizinhos. Além disso, será construída uma ponte entre os municípios de Verê e São João – onde hoje o transporte é feito pela balsa. Essa ponte está planejada para ser concluída em meados do ano que vem. Todas essas obras poderão gerar até 500 empregos diretos.