Joares Padilha Chagas começou como ajudante, mas pegou gosto pela boleia e há cinco anos é motorista.
-cemik.jpg)
Joares Padilha, o Neguinho, da Rede Forte de Mercados.
Foto: Flávio Pedron/JdeB
O trabalho começou como ajudante, no Atacado Pedrão, em Renascença. Mas como já tinha carteira de Habilitação e demostrava interesse, Joares Padilha Chagas foi substituindo outros motoristas, quando faltavam, e aí veio a paixão por estar na estrada.
“Eu ia como ajudante, fui conhecendo as estradas, quando um não podia ir, ficava doente ou acontecia alguma coisa, me encaixavam pra fazer as entregas e bem no fim acabaram assinando a carteira e fui gostando. Na verdade, é uma paixão mesmo”, afirma.
O rapaz, de 30 anos, conhecido como Neguinho, é casado com Josiane, com quem tem o filho Gabriel, de 10 anos. Hoje, Joares é funcionário da Rede Forte, faz viagens pelo Paraná e Santa Catarina, entregando os produtos da empresa em mercados e filiais. “A média é de três a quatro viagens por semana, eu faço a entrega, descarrego e normalmente volto carregado, não é sempre, né”, conta
Ele trabalha com um caminhão Ford Cargo Truck 1722, furgão, trabalhou com caminhão toco furgão também. “Mas todos os dias eu tô em casa, a viagem mais longe é Campo Mourão, mas é essa rotina mesmo”, conta Joares.
Nas paradas para entregas, o motorista separa a mercadoria e seu ajudante, Cláudio Moraes, leva para o cliente. Joares está na Rede Forte há cinco meses e vê algumas diferenças em relação ao antigo trabalho: “Aqui o serviço eu acho melhor, a gente sabe que não pode comparar um serviço com o outro, mas a questão de entrega é diferente. Lá no Pedrão, saía com 50, 60 entregas e aqui saio com duas, três pra fazer no dia. O serviço em si é a mesma coisa, a diferença é na quantia de entregas mesmo”.
Quem transita pelo Sudoeste, sabe que a qualidade das estradas nunca está 100%. E quem roda todos os dias enfrenta mais desafios, também em outras regiões. “Onde não tem pedágio, dá dó de andar, judia muito do caminhão, tem que estar desviando de um buraco e outro, mas isso já faz parte da rotina. Se a gente não tiver paciência, na verdade, chega em casa e não aguenta a dor de cabeça.”
Por isso, tanto o motorista quanto a empresa prezam pelo cuidado com o caminhão. “Tem que tá sempre em dia, tudo controlado pra não dar problema. Tem rastreador, e isso pra gente é uma garantia, porque tem muito lugar que a gente ainda não conhece, então isso dá uma segurança a mais, o pessoal sabe acompanhar tudo certinho”, avalia Joares.
Mas nenhuma das dificuldades diminui o amor pela estrada. “É [paixão] pelo caminhão mesmo, por tá na estrada, eu não sei, mas a gente gosta muito, a piazada mais nova, quase todo mundo quer tá na estrada, não por questão da paisagem, mas pela paixão de estar dentro do caminhão, de trabalhar com isso”, ressalta o motorista.
Colaborou Flávio Pedron