Regional

A região da Fronteira sofre com a falta de chuva que já chega há quatro meses. Neste período, o índice pluviométrico não chegou aos 90 milímetros e rios praticamente secaram.
Nos últimos dois meses o volume de chuva na região de Barracão ficou em 20 milímetros, sendo 15 mm no dia 31 de agosto e cinco mm em 12 de setembro.
Por conta disso, os prejuízos no município já chegam aos 30% em várias culturas, como é o caso da bovinocultura leiteira, hortaliças e o trigo. Para piorar esta porcentagem, o plantio dos cultivos de verão, como é o caso do milho e do feijão, estão atrasados.
De acordo com Ari Trevisan, extencionista da Emater em Barracão, o momento é preocupante. “Vivemos um momento difícil e preocupante, pois a chuva esperada para os últimos quatro meses ficou muito abaixo do esperado. Com esta estiagem, os prejuízos já são visíveis para os nossos agricultores. Constatamos perdas no cultivo do trigo, não só em Barracão, mas em municípios vizinhos, onde os prejuízos chegam aos 30%. Estamos tendo problemas no atraso da plantação dos cultivos de verão, como é o caso do milho e do feijão. Produtores que fizeram o plantio estão tendo perdas e problemas na germinação e as plantas que germinam estão tendo um ataque maior de pragas e isso vai refletir em perdas e prejuízos ao agricultor”, destacou Ari Trevisan.
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Hortaliças
“Estamos tendo uma significativa redução no cultivo de hortaliças, pois, sem água, não há o plantio, tão pouco sua germinação, com isso já observamos a redução no plantio. A água existente dá apenas para irrigar o que já está plantado, com isso temos redução da plantação e da qualidade”.
Produção leiteira
“Em algumas propriedades estamos tendo problemas sérios de falta de água para os animais. Com isso, temos redução na produção, bem como, na qualidade, pois o pouco de água que ainda tem não oferece qualidade ideal para o animal, e tem ainda o risco de doenças. Outro fator responsável pela diminuição da produção é a pastagem, que não tem brotação e nem crescimento, tem ainda a questão da perda de proteína da planta.”
Para Trevisan, a expectativa é que as chuvas possam retornar a sua normalidade o mais breve possível e assim termos o fim desta estiagem severa. A Emater e a Secretaria de Agricultura de Barracão já levantam dados e prejuízos e conversam com a Defesa Civil para que o município possa receber ajuda do Estado e adotar políticas de auxílio aos agricultores, especialmente em melhoramento de reservatórios, preservação de nascentes e hora-máquina. Já sobre o plantio, Ari Trevisan pede cautela aos agricultores para que não corram riscos, pois não há umidade suficiente no solo para germinação.