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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Relação de trabalhadores da Cango 70 anos atrás, março de 1949

Hoje estaria entre as maiores empregadoras de Francisco Beltrão.

Na folha de março de 1949 – 70 anos atrás –, a Cango (Colônia Agrícola Nacional General Osório) possuía 222 trabalhadores. É difícil comparar aquela realidade atual porque não havia número exato de pessoas, como existe hoje com o IBGE que, além dos Censos, faz estimativas anuais da população. Sabe-se, porém, que em 1949 o que havia aqui era apenas uma vila iniciante. No Censo de 1960, por exemplo, o primeiro do qual Francisco Beltrão faz parte, a população da cidade era inferior a 5.000 habitantes. Em 1949, então, como se vê pelas fotos daquele tempo, se tivesse mais de mil ou dois mil moradores era pouco.Na folha de março de 1949 – 70 anos atrás –, a Cango (Colônia Agrícola Nacional General Osório) possuía 222 trabalhadores. É difícil comparar aquela realidade atual porque não havia número exato de pessoas, como existe hoje com o IBGE que, além dos Censos, faz estimativas anuais da população. Sabe-se, porém, que em 1949 o que havia aqui era apenas uma vila iniciante. No Censo de 1960, por exemplo, o primeiro do qual Francisco Beltrão faz parte, a população da cidade era inferior a 5.000 habitantes. Em 1949, então, como se vê pelas fotos daquele tempo, se tivesse mais de mil ou dois mil moradores era pouco.Claro que grande parte dos trabalhadores da Cango atuava no interior, assentando famílias de agricultores, mas a maioria residia na vila. E mesmo que os salários chegassem atrasados, mas movimentavam o também iniciante comércio local. Foi nesta época – início de 1949 – que Francisco e Elsa Comunello inauguraram seu hotel, na atual esquina da Avenida Júlio Assis com a Rua Frei Deodato, ao lado da Concatedral. Não havia açougue aqui, eles iam comprar carne em Pato Branco. Aberturas vinham de União da Vitória, assim como as correspondências. Muita mercadoria vinha do Rio Grande do Sul. Aí se pode ver quanta coisa faltava e que, aos poucos, começou a existir, graças ao impulso dado, em grande parte, por aquelas mais de duas centenas de salários distribuídos pela Cango.Levantamento feito pelo Jornal de Beltrão mostra que se a Cango ainda existisse (ela fechou as portas em 1970), estaria entre as grandes empregadoras do município. Com a diferença de que a populção atual, de 91 mil habitantes, é incomparavelmente maior.Segue a relação de funcionários da Cango de março de 1949, com seus respectivos cargos e diárias.

 

Ajudante de carpinteiro, diária de Cr$ 35 — João Fedechen, Ciro de Oliveira, João Pimentel, João Rainest, Pedro Bordum e Nicolau Kozan.
Ajudante de circuleiro, diária de Cr$ 30 — Waldomiro Bobinski.
Ajudante de mecânico, diária de Cr$ 52 — Arthur Ernesto Pinto Salgado.
Ajudante de mecânico, diária de Cr$ 45 — Mário Sass.
Ajudante de pedreiro, diária de Cr$ 30 — Antônio Vieira.
Ajudante de serrador, diária de Cr$ 30 — Nicolau Rodrigues Fernandes.
Ajudante de tratorista, diária de Cr$ 45 — Nicolau Kialba, Agenor Izabel e João Antînio Alves.
Armazenista, diária de Cr$ 75 — Ismael Carneiro.
Auxiliar de de escritório, diária de Cr$ 68 — José Francisco de Araújo Filho.
Auxiliar de escritório, diária de Cr$ 55 — Boanerges Alves Teixeira e Danillo Lacerda Suplicy.
Capataz, diária de Cr$ 32 — Otavio Alves de Oliveira.
Carpinteiro, diária de Cr$ 50 — Braziliano Timóteo, Dinarte Alves de Almirante, Jorge Sail, José Ruthes, Belizario da Silva e Otto Korl Kuneck.
Carpinteiro, diária de Cr$ 45 — Valdemiro Sail, Matias Lopachuk e João Puchvicz.
Carpinteiro, diária de Cr$ 40 — Timo Nousiamen e Aaaro Nousiamen.
Celeito, diária de Cr$ 34 — Irmo Gross.
Circuleiro, diária de Cr$ 36 — Demetrio Miguel Sail.
Datilógrafo, diária de Cr$ 46 — Christina Oliveira de Araújo.
Datilógrafo, diária de Cr$ 45 — Maria José Tosano de Brito.
Despachante, diária de Cr$ 52 — Avelino João Castegnara.
Eletricista, diária de Cr$ 45 — Izaltino Barbosa.
Escriturário, diária de Cr$ 78 — Jahyr de Freitas.
Feitor, diária de Cr$ 35 — Antônio Sberg, André Leandre, Domingos Barreto e Eugenio Ribeiro Leal.
Feitor Geral, diária de Cr$ 45 — Antônio Pilar Cardoso.
Ferreiro, diária de Cr$ 45 — Miguel Mildenberg.
Guarda-florestal, diária de Cr$ 45 — Agostinho Neves da Rosa.
Guarda Noturno, diária de Cr$ 35 — Afonso José do Prado.
Manipulador, diária de Cr$ 58 — Douglas Nacimento Cardoso.
Maquinista, diária de Cr$ 40 — Maurílio Gonzaga de Oliveira.
Motorista, diária de Cr$ 62 — João Cruz Inocêncio e José Gilioli.
Motorista, diária de Cr$ 60 — Wilson Tolentino Ratier.
Motorista, diária de Cr$ 45 — Mario Donner.
Nivelador, diária de Cr$ 89 — Ítalo de Andrade Arruda.
Oleiro, diáia de Cr$ 50 — Willy Herman.
Patrolista, diária de Cr$ 80 — Walfrido Wolff e Miguel Soroka.
Pintor, diária de Cr$ 40 — José Holup.
Pedreiro, diária de Cr$ 43 — Nereu Gonçalves dos Santos.
Professora, diária de Cr$ 38 — Italina Zancan e Enid Siqueira Cardoso.
Radio Telégrafo, diária de Cr$ 55 — Durval Teixeira do Nacimento.
Recenseador, diária de Cr$ 38 — José Leandro Lopes.
Seccionista, diária de Cr$ 60 — Antônio José de Souza.
Seccionista, diária de Cr$ 58 — Ozorio Rodrigues Prates.
Serrador, diária de Cr$ 36 — Antônio Fernandes de Matos.
Tira Toras, diária de Cr$ 30 — Hermínio Fernandes de Matos.

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Trabalhadores da Cango em 1949

Trabalhador, diária de Cr$ 25 — Ercílio Sutil Varela, Amaro José Madeiros, Demetrio Czornoby, Emilio Poponvicz, Carlos Machado Evangelho, Izate Gomes do Nacimento, Rodolfo Adão, Waldomiro Haening, João Maria da Rosa, Antônio Neckel, Vicente Ribeiro, Zenobio Marins dos Santos, Clementino Cordeiro dos Santos, Protázio Lemes da Silva, Pedro Martins do Nacimento, Setembrino Camargo, Pedro Henrique de Moraes, João Porto, Alirio de Lima, Maurílio Medeiros, Rolindo Eleodoro, Margarino dos Santos, Alberto Fernandes de Matos, Reinaldo Fernandes de Matos, Ivaldo Castanha, Hugo Favero Martinelo, Henrrique Ferreira, Crescencio Antunes, João Paulichen, Otavio Augusto de Aguiar, Lourival Gross, Murity Carneiro, Amelia Haening, Verano Chaves Atílio Lopes dos Santos, Altino Elias Chaves, Odilon Rodrigues Prates, Antônio Simão de Oliveira, Darci Ortiz Camargo, Jorge Rodrigues dos Santos, Sebastião Rodrigues Rosa, Manoel Gonçalves, Fernando Silvestre Vieser, Paulino Colaço de Oliveira, Antônio Felisberto Koerick, Domingos Guedes dos Santos, Venceslau Fagundes, Otaviano José Silva, João Antônio Antunes, Alcides Inacio da Silva, Adolfo Schiling, Manoel Couto, Nicolau Rodrigues de Aquino, Miguel Borges dos Santos, Antônio Barbosa, João Matoso, Manoel Oliveira Gonsaga dos Santos, Olímpio Couto Pedroso, João Evangelista Gonzaga, Marcelino Gonzaha, João Maria da Silva, Ângelo Socela Vidal, Dorival Castanha, Hildebrando Ortiz de Camargo, Veneriano Martins, José Gochinski, José Correia Soares, Miguel Socoloski, Manoel Benedito, Teslau Loskonski, Godofredo de Marins, Prudencio Pio da Silva, José Batista Rosa, André Stassin, João Maria de Souza, Josafa Santos de Jesus, Vitor Medeiros, Ladislau Nunes dos Santos, João Pinheiro, João Machado da Rosa, Adelino Fernandes de Matos, Joaquim Veloso, Manoel Carneiro Pinto, Alexandre Pinheiro, João Maria de Souza Sobrinho, Nicalor Cardoso, José Medeiros, José Vaz, João Soroka, Agenor Gonzaga dos Santos, Marcelino Lemes da Silva, Valdomiro Parabock, Rezende Nunes Rodrigues, Ermelino Quirino do Prato, Manoel de Freitas Padilha, Ludovico Kuezera, Arnaldo Ortiz Camargo, Francisco Colaço de Oliveira, Vitor Colaço de Oliveira, Augusto Santos Lima, Sauka Kozan, Alcebiades Gonçalves, Antônio Brasil de Souza, Roberto Ferreira de Lima, Sebastião Antunes, Gracio de Lara Vaz, Dinarte Izabel, Antônio Cordeiro dos Santos, Antônio Gomes, Manoel Antônio dos Santos, Geraldo Soroka, Sebastião de Lima, Emilio Holup, Zacarias Antônio Oliveira, Antônio Pascruz, Teodoro Palka, João Maria Vasconcelos, Pedro Borges de Matos, Feliciano Rosa da Silva e Maria Virginia Barros.

Trabalhador, diária de Cr$ 22 — Lucio Anselmo, Pedro Lopachuk, João Maria Ribeiro, Clarismundo Lemes da Silva, Alexandre Ramalho Pinheiro, Merquedes Nunes de Souza, Slario Louro, Valdevino Lopes dos Santos, João Maria Correia, Paulo Ribeiro, Alcides Ruthes, Arlindo José da Silva, Vidal Braz Moreira, Leoncio Ruthes, Pedro Loscoski, João Maria Santos Veloso Sinhares, José Bernardino, Sebastião Izabel, Vergilino de Oliveira, Natalino Nacimento Padilha, Artur de Souza Leal, José Rodrigues, Paulo de Lara Vaz, Francisco Beckel, Nacimento Antunes Pereira, Adelino Dutra de Oliveira, Argemiro Paulo Fernandes, José Lucas Tavares, Leopoldo Vieira de Rocha, João Maria Vasman e Adolfo Carqueira Lima.
Trabalhador, diária de Cr$ 18 — Joaquim Ribeiro de Lima, Antônio Couto Pedroso e Durvalino Vieira Matoso.
Tratorista, diária de Cr$ 80 — Antônio de Paiva Cantelmo e Altamiro Alves.
Vigia da Ponte, diária de Cr$ 35 — João Maria de Ramos.

 

A Cango, hoje, estaria em 12º

Se a Cango ainda funcionasse, com o mesmo número de funcionários de 70 anos atrás, estaria hoje no 12º lugar em número de funcionários. Ou seja, estaria entre as maiores empresas de um município que possui 91 mil habitantes. Imagine-se o que era ter 222 empregados em 1949, ou 70 anos atrás, o dinheiro do pagamento sendo transportado de caminhão numa região de muito mato e poucas casas. Este fator foi determinante para que em apenas quatro anos do seu início (1947 a 1951) o povoado fosse transformado em sede de município.

 

Maiores empresas de hoje em número de funcionários em Francisco BeltrãoMaiores empresas de hoje em número de funcionários em Francisco Beltrão
Empresa/Órgão Público Empregos1 – Prefeitura 2.6002 – BRF 2.1003 – Hospital Regional 1.0004 – Núcleo de Educação 9005 – Marel 3406 – Alcast 3087 – Raffer 3028 – Unipar 3009 – Cresol 28010 – Unioeste 25111 – 16º Esquadrão 24012 – Cango 222
Fonte: pesquisa do Jornal de Beltrão

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