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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Expovizinhos teve lucro de R$ 555 mil

De acordo com o termo de cooperação, assinado antes da feira, cada membro da CCO recebe 27% do lucro e 19% será guardado para a próxima feira.

O presidente da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv), Edilberto Minski, durante seu pronunciamento na prestação de contas da Expovizinhos 2019.

Foto: Alexandre Bággio/JdeB

Na noite de terça-feira, 21, a Comissão Central Organizadora (CCO) da Expovizinhos 2019 realizou a prestação de contas da feira no auditório da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL). Os dados foram mostrados por Edilberto Minski, presidente da Acedv/CDL, pelo prefeito Raul Isotton (MDB) e pelo presidente da Sociedade Rural Vale do Iguaçu (SRVI) Alexandre Pagnoncelli, entidades que encabeçaram a organização da feira.

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Números
A Expovizinhos 2019 teve arrecadação de R$ 1.192.101,45 e despesas que totalizaram R$ 673.475,59. O lucro líquido foi de R$ 518.625,89 que, somado ao saldo da Expovizinhos de 2015, que era de R$ 37.133,43, totalizou R$ 555.759,32. A distribuição seguiu o preconizado pelo termo de compromisso, assinado antes da feira, com o aval do Ministério Público sendo que a Prefeitura, a Acedv/CDL e a SRVI receberam R$ 150.055,02 cada (correspondente a 27% do lucro). O restante, R$ 105.594,27, será guardado para a próxima feira (corresponde a 19% do lucro). Vale lembrar que o documento assinado pelos membros da CCO trazia uma divisão de lucros ou prejuízos.

Pronunciamentos
Edilberto Minski, presidente da Acedv/CDL, disse que a busca foi sempre pelo lucro, mas não esperava um resultado tão satisfatório. “Nem nós imaginávamos esse resultado. Obviamente, trabalhávamos buscando um resultado positivo, porque o grande anseio de todos: patrocinadores, expositores e CCO é que o evento dê retorno, lucro, porque os envolvidos precisam investir. Esperávamos um valor abaixo do conseguido, estamos satisfeitos, o trabalho foi levado a sério, foi brigado por valores, por centavos, para chegarmos nesse resultado. Falamos, repetimos, vamos continuar falando muito dessa feira porque as pessoas fizeram a diferença nessa feira”, disse.

Ele explicou como foi feita a divisão do lucro. “O valor foi rateado perante um termo de cooperação público-privado, feito com supervisão do Ministério Público para que a feira acontecesse dentro de um cronograma. Pegamos um exemplo de outro município e que faz que todos os envolvidos sigam a regra o que foi acordado no início. São oito meses de trabalho, com três segmentos da sociedade e não é fácil chegar a um consenso até o final da feira, mas se você tem isso escrito, assinado e compromissado, com certeza, se consegue. Conseguindo isso, se tem resultado. Dentro do acordo, assumimos a responsabilidade de que cada organizador ficaria com 27% e 19% iria para um caixa específico, não acessível para ninguém, para a próxima edição”, completa. Ele ressalta que todos os documentos estão disponíveis no portal de transparência do município.

O prefeito Raul Isotton (MDB) destacou o bom resultado obtido. “O resultado foi extremamente positivo, temos que agradecer os envolvidos e os patrocinadores, além de todas as empresas que expuseram seus produtos porque são eles que fazem a feira. A gente procurou visitar todos os expositores durante o evento e recebemos muitas avaliações positivas e a feira só acontece com a participação de todos. Em oito anos fizemos três feiras e, realmente, essa foi a melhor de todas, com melhor resultado”, disse.

Ele ressaltou o fato do parque ser do município e, por isso, demandar um volume de investimentos. “O município vai receber R$ 150 mil, é a primeira vez na história que recebemos valores investidos, mas vale lembrar que o que investimos, no Parque de Exposições, foi na infraestrutura, que foi a cobertura do pavilhão 1, construímos o pavilhão 3, novos banheiros, ajudamos na contrapartida das mangueiras da sociedade rural, além de outras obras que seguem acontecendo ainda no parque porque ele é de todos nós e a comunidade precisa usar, aproveitar essa estrutura. É uma satisfação estar aqui com os membros da CCO e prestar contas desse grande projeto que foi a Expovizinhos. Saímos de cabeça erguida, com satisfação enorme por ter mostrado que é possível. Quando buscamos a unificação, o comprometimento das pessoas, uma equipe extremamente empenhada para fazer o que aconteceu. Foi sucesso, Dois Vizinhos foi visto no mundo todo pelos shows que aconteceram e pelos expositores”, elogiou.

 

Sociedade Rural vai doar 20% do valor recebido

JdeB – Alexandre Pagnoncelli, presidente da Sociedade Rural Vale do Iguaçu, destaca que a entidade vai doar 20% do valor recebido da Expovizinhos. “Na cobertura das mangueiras, nós colocamos mais de R$ 250 mil de capital próprio. Agora, recebemos os R$ 150 mil de lucro da feira e 20% desse total, já está aprovado em ata, que vamos doar para entidades, então, nos sobra os R$ 120 mil. Vale lembrar que tudo o que tem dentro do parque, que é onde usamos, é mantido pela Sociedade Rural, que constrói tudo também e esse dinheiro volta para o parque, que é do município, pois não somos uma empresa que precisa de patrimônio, então, tudo o que arrecadamos investimos no parque e procuramos ajudar as entidades”, informa.

Alexandre destaca que, para ele, era inadmissível uma feira não dar lucro. “Uma das minhas exigências, desde o começo, é que eu não conseguia aceitar a feira não ter lucro. Eu falava que tínhamos que colocar uma meta e ganhar. Eu sugeri colocar meta de R$ 300 mil, mas me chamaram de louco porque feira não dá lucro. A gente sabia que ia ser tudo muito apertado, porque não recebemos muito patrocínio no começo, não entrava dinheiro e isso foi bom porque gastamos pouco. No fim, tivemos um público maior que o esperado, vendeu mais estandes, mais bebidas e o lucro maior que o esperado também”, comemorou.

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