Profissionais do setor esperam maior volume de obras neste ano.
O segmento da construção civil está começando a se recuperar em Beltrão.
Foto: Ivo Pegoraro
Números publicados ontem pelo Jornal de Beltrão mostram a retomada do setor de construção civil no município e região. Em 2019, foram liberados alvarás para a construção de 184 mil metros quadrados, o melhor resultado dos últimos cinco anos, segundo dados da Secretaria de Viação e Obras. A expectativa para 2020 é muito positiva.
O engenheiro civil Itamir Montemezzo, de Francisco Beltrão, que integra uma das câmaras do Conselho Regional de Engenharia do Paraná (Crea-PR), acompanha o desempenho do setor de construção. Ele já percebeu que em Beltrão e Pato Branco a construção voltou a aquecer, com novos investimentos.
Itamir diz que as pessoas estão sentindo mais firmeza na condução da política econômica por parte do governo. Em relação ao setor de construção, ele diz que “o sudoestino está construindo pra investimento e como poupança. Isso gera empregos e oportunidades para o setor”.
Taxa de juro menor
A taxa básica de juros – a Selic – a 4,5% ao ano, na opinião de Itamir, ajuda a fazer economia a funcionar, vai ter impacto nos financiamentos habitacionais. As pessoas terão mais segurança para construir porque a taxa de juros menor deixa as pessoas com mais esperança e com tendência a investir mais em bens duráveis.
Outro fator importante para a retomada do crescimento no setor é a redução das taxas de juros para financiamentos habitacionais. Segundo o engenheiro civil Adilson Macagnan, da Empremac, essa medida pode aquecer as vendas na região, “com o aumento da confiança e o crescimento da taxa de emprego as vendas vão aumentar sim”.
Segundo ele, nos últimos anos, foi o setor privado que movimentou mais a construção, pois devido à crise o governo mal pode pagar os investimentos iniciados e muito pouco foi lançado. “O setor privado em Beltrão cresceu muito, principalmente em obras verticais que mudaram a paisagem e aqueceram a construção civil na cidade”, destaca o empresário.
Contudo, segundo ele, o custo alto dos terrenos representa uma grande parte do custo dos imóveis, a mão de obra também representa um percentual grande do custo de produção, e tudo contribui para o aumento do valor dos imóveis.
