Lucas Carniel ficou comovido e adotou a gatinha.
Desde criança, Lucas Carniel sempre gostou de animais de estimação. Durante quase toda a infância e adolescência teve gatos e cachorros. Há cinco anos passou a gostar ainda mais, quando adotou a pitbull Brenda, que infelizmente morreu ano passado, e o maltês Piti, hoje com 12 anos.
“Por isso, quando a minha namorada, Eliaki, que mora em São José do Cedro (SC), me avisou que perto da casa dela havia uma ninhada de gatinhos e uma gatinha tinha um ferimento muito grave em um dos olhos, não hesitei em nenhum momento e disse que a adotaria, mesmo sem nem tê-la conhecido”, conta.
Há cerca 20 dias, quando foi para a cidade catarinense, ele constatou que o ferimento estava pior do que aparentava nas fotos, inchado e purulento. “Desconfiamos que alguém tenha dado uma pedrada nela, já que o machucado era realmente muito feio. No mesmo dia em que cheguei, eu e a Eliaki levamos a gatinha ao veterinário, e o profissional logo diagnosticou aquilo que temíamos: o ferimento era tão grave que ela não voltaria a enxergar com aquela vista. Compramos um spray que o médico receitou para que o ferimento ao menos amenizasse”, comenta.

Poucos dias depois, a ferida piorou. Lucas lembra que, aparentemente, o globo ocular, escondido sob uma espessa camada de ferida, ficou extremamente inchado e a impressão era de que estava saindo da cavidade. Pelos sinais que a gatinha demonstrava, estava sentindo muita dor. “Quando voltei para casa, em Francisco Beltrão, marquei uma consulta na Clinipet. Aqui, a veterinária avisou que o melhor procedimento seria a extração daquele olho para que o sofrimento dela enfim acabasse”, acrescenta.
A cirurgia, que ocorreu no dia 20 de janeiro, teve excelente resultado; o corte cicatrizou rapidamente. Com os medicamentos prescritos, a recuperação está sendo ótima. Segundo Lucas, a Marcelinha, como é chamada, brinca e faz todo tipo de traquinagem comum aos gatos da idade dela, que deve ter menos de 3 meses. “A diferença é que ela ficou cega de um olho e parece que está sempre com a pálpebra fechada, como se desse uma piscadinha charmosa”, diz bem-humorado.
Marcelinha e o cachorro Piti já estão bem entrosados, a adaptação foi muito boa. “Gosto de imaginar que, de certa forma, todos os animais são protegidos por São Francisco de Assis, mas, se não tivesse conseguido adotar a Marcelinha, ela teria morrido talvez de fome ou vítima de envenenamento, prática criminosa infelizmente muito comum em nossa região. Fico muito feliz por tê-la salvado e estar possibilitando uma vida tranquila e cheia de amor”, comemora.
