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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

“Comecei do nada… peguei emprestado o cilindro da vizinha”

Hoje Lili Maria tem um dos pastéis mais gostosos da Feira do Produtor.

São 28 anos de vida dedicados à Feira do Produtor. Lili Maria, da Lili Massas, tem 54 anos, é casada com Ivanir Balestiero e tem dois filhos: Júnior, 33 anos, e Thamara, 28. Ela é natural de Marechal Cândido Rondon, mas reside em Francisco Beltrão há 30 anos.

O que te motivou a vinda pra cá?
“Foi uma decisão difícil. Foi quando meu sogro faleceu e meu marido quis vir pra fazer companhia pra mãe dele.”

Ela conta que o início foi difícil, pois precisava de renda, mas não dominava um trabalho específico. “A gente veio pra cá sem rumo, sem nada, e aí não tinha como sobreviver. Um dia minha vizinha – o marido dela fazia feira de verduras – perguntou ‘por que você não entra na feira também?’. Eu fazia bolacha e pão em casa, então eles me arrumaram espaço na feira e eu comecei.”

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Lili começou do zero. “Eu não tinha nada. Eu peguei emprestado o cilindro da vizinha e comecei a fazer tudo manual. Com a maquininha de carne, que eu tinha ganhado do sogro, comecei a fazer pão, cuca, bolacha; às vezes eu fazia geladinho. O que me dava na ideia eu fazia, porque eu precisava de produção e renda. Quanto mais eu produzia, mais eu conseguia me manter.”

Hoje, pastel, suco e café são seus principais produtos na feira, mas sua barraquinha também tem pão de queijo, coxinha, bolinho de carne, grostoli, beliscão e suspiro. Na produção, Lili tem a ajuda da filha Thamara. Na feira, no Calçadão, são mais três colaboradoras. “A gente procura não terceirizar nada, procura manter a qualidade.”

Receita própria
Quanto ao sucesso do pastel, Lili relata que aprendeu a massa com sua mãe Erica (falecida em 2014). “Por isso eu digo que é uma história, uma sequência, porque quando eu comecei a fazer as massas dos pasteis a minha mãe morava no Paraguai, eu perguntei pra ela: ‘Mãe, aquela massa caseira de pastel que você fazia, você lembra a receita?’, mas ela não tinha medidas, ela ia a rumo. Eu fiz a rumo, mas marquei toda a receita, daí eu criei em cima do que ela havia me explicado.”

Lili Maria, da Lili Massas, tem um dos pasteis mais famosos da feira livre de Francisco Beltrão.

 

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