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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Jacir Dariva recomenda cautela a investidores e produtores de suínos

A atividade está com boas cotações agora, mas não se pode esquecer que as cotações do milho, principal componente da ração, estão em alta.

 O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva, destacou que o momento é bom para a suinocultura. Devido aos abates de animais na China e outros países da Ásia como medida sanitária para erradicar a peste suína, vários investidores e produtores rurais brasileiros já planejam investir na atividade. Mas Jacir recomenda cautela às pessoas que querem aderir à suinocultura e mesmo aos produtores que pretendem ampliar seus plantéis.

Jacir prevê que até 2022 o Paraná será líder na produção de suínos no Brasil, como já é na produção de frangos. Atílio Venturin Sobrinho, presidente da Associação de Suinocultores e Avicultores de Itapejara, disse acreditar que devido ao problema ocorrido na China a atividade ficará aquecida pelo prazo de três a cinco anos.

Criação de suínos no interior de Eneas Marques. No município eram cerca de 26 produtores e agora haverá aumento com a chegada de novas integradoras.

 

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Pessoal deve avaliar
Jacir não recomenda altos investimentos na atividade. Quem já está se modernizou, não tem problema, mas quem não fez e quer aumentar seus rebanhos deve tomar cuidados e avaliar os investimentos. “As granjas independentes já sabem o que podem e o que não podem investir”.

Ele comenta que “produtores integrados vão na empolgação, mas tem que ter cuidado, não devem seguir à risca tudo o que as integradoras prometem, porque se acontecer um revés, eles [os produtores] é que vão pagar, porque o imóvel está em garantia nos bancos”.

O milho é insumo importante para a fabricação da ração que é fornecida na alimentação dos suínos. Mas o preço do milho vem aumentando nos últimos meses e isso pode ter impacto nos custos de produção. “O produtor tem que ter cuidado. Agora tem preço [do suíno]. Existe perspectivas de preços estáveis, que hoje tá R$ 5 a 6 o quilo [do animal]”. As exportações estão em alta.

Não há perspectiva de preços menores para a saca de milho para os próximos meses. No Paraná, a média está variando de R$ 42 a R$ 44,50, dependendo da região do Paraná. Os estoques nacionais não estão altos. “Se aumentar o preço do milho, o produtor é que vai ter problema de lucratividade. Os integrados têm que ter cuidado. A integradora de suínos, se a margem de lucro diminui, vai alegar ao produtor que a atividade não tá dando retorno e não vai pagar o que seria justo por integrado”, ressaltou Jacir.

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