Nota da Faciap destaca que é preciso priorizar a vida e a saúde das pessoas, mas é possível fazer isso sem decretar a falência de muitas empresas.
O setor produtivo do Estado do Paraná emitiu um manifesto que foi protocolado no Palácio Iguaçu para análise do Governador Carlos Massa Ratinho Junior. A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), em conjunto com as entidades integrantes do setor produtivo do Paraná, manifestou apoio às medidas de isolamento social, mas apoia a volta ao trabalho de forma gradativa. A nota destaca que é preciso o retorno às atividades de produção para evitar uma catástrofe econômica, que se ocorrer em uma forma aguda fará mais vítimas, resultado do desemprego e recessão. A nota destaca que é preciso priorizar a vida e a saúde das pessoas, mas é possível fazer isso sem decretar a falência de muitas empresas e o fechamento de um número ainda maior de empregos. Na mesma linha de defesa da necessidade de retorno das atividades econômicas, lideranças locais se manifestaram nesta sexta-feira. O presidente da Associação Empresarial de Pato Branco, Ezaul Zillmer, disse que o isolamento é um mal necessário. “Nós defendemos, no entanto, um retorno gradual ao trabalho, para evitar uma nova pandemia, desta vez provocada pelo desemprego maciço, pela fome e pelas ondas de violência e caos social que poderão advir deste quadro.” Pesquisas feitas com empresários revelaram que a grande maioria das empresas não tem caixa para suportar mais uma semana de atividades paralisadas. O presidente do Sindicomércio, empresário Ulisses Piva, disse que a preocupação é grande e o isolamento social já impôs um grande prejuízo ao comércio varejista. “Precisamos cautela, observar a orientação dos técnicos da área de saúde e partir daí tomar a decisão, mas é preciso agilizar o retorno ao trabalho, de forma segura.” O presidente da Coordenadoria da Associação Comerciais do Sudoeste do Paraná (Cacispar), Carlos Manfroi destacou que as entidades que representam o sistema apoiam as ações das autoridades, mas a decisão do setor produtivo foi por um retorno responsável e gradual ao trabalho. “As entidades estão solidárias com o desejo de proteção da vida, maior patrimônio, mas entende que o retorno da atividade econômica é também fundamental para não colapsar o país”. Na visão de Carlos Manfroi, é um dever das entidades tomar uma posição em relação ao momento e de forma responsável avaliar os riscos de todas as alternativas possíveis. “A decisão foi pelo retorno ao trabalho, que pode ocorrer de forma segura, conforme as orientações dos especialistas, evitando o desemprego em massa, e assegurando ao país uma passagem segura por esta crise jamais vista na história”, finalizou Carlos Manfroi.