Ele destaca que os empresários estão muito conscientes dos cuidados que devem ser tomados para combater o coronavírus. Comércio completou uma semana da sua abertura.
Depois de muitas discussões, o comércio de Dois Vizinhos voltou a funcionar ontem, seguindo diversas recomendações e critérios. No município, o isolamento total durou nove dias (de 28 de março até 5 de abril). A primeira semana do retorno teve funcionamento avaliado positivamente por Edilberto Minski, presidente da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL).
“Hoje, a briga maior é com o vírus. A gente nunca viu a comunidade tão ‘linkada’ em um objetivo comum que é acabar com esse problema o mais rápido possível. Temos avaliado e estudado a situação diariamente até pelo fato do coronavírus ser novidade para todos nós. Temos defendido junto à saúde que cada município tem sua identidade socioeconômica e isso precisa ser levado em consideração para analisar se as medidas tomadas estão impactando da melhor forma possível, tanto na saúde, quanto na economia”, resumiu Minski, em entrevista para a Rádio Educadora AM.
Ele relembrou como foram pensadas as ações nas últimas semanas. “Há duas semanas, todo mundo falava em isolamento total, mas por que o esse tipo de isolamento? Para baixar o número de pessoas doentes. Vale até ressaltar que, nos últimos 15 dias, você pode passar no Hospital Pró-Vida ou na Secretaria de Saúde e ver que está um deserto. Eu até pedi para o Secretário de Saúde fazer um levantamento. Nos outros dias normais que tínhamos era sempre saturado o atendimento. Mas o que aconteceu? As pessoas deixaram de ficar doente ou iam sem necessidade? Quando voltamos a conversar para a reabertura, seguindo critérios, começamos a levar em consideração justamente isso. Criamos critérios, assumimos compromissos com a saúde e o executivo e, dentro do que era permitido pelo decreto estadual, retomamos as atividades seguindo uma cartilha montada com nossos associados”, completa.
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Cuidados para o futuro
O presidente acredita que, durante muito tempo, os empresários vão precisar ter cuidados especiais com o vírus. “Quem retomou a atividade, já percebe a diferença. O empresário e seus colaboradores sabem da necessidade que o cliente entre nas lojas, mas a obrigação de ajudar a educar e pedir para que pise no tapete e use o álcool em gel, são ações que vão fazer diferença. O vírus vai ficar, temos que aprender a conviver com ele e os cuidados devem ser permanentes de hora em diante. Vale lembrar que não é ficar 15 dias em casa que o vírus acaba. Ele está aqui e vai permanecer. Precisamos que os indivíduos tomem todos os cuidados, as medidas preventivas e a comunidade precisa entender esse processo que se iniciou deve seguir, mas também não se pode fazer churrasco e tomar chimarrão com os amigos. Não está sendo fácil. Eu tenho hábito de ir na missa todo domingo, estou acompanhando on-line, mas fica o sentimento de ausência. Temos que mudar esses hábitos por um período”, conclui.
