Retrações foram de 24% no setor de alimentação e comércio e indústria de 23,7%.
A atividade econômica recuou 28,8% no Paraná entre 7 de março e 19 de abril, segundo o novo boletim conjuntural elaborado pelas secretarias de Planejamento e Projetos Estruturantes e da Fazenda. Os setores de comércio e alimentação tiveram queda de 24% e a indústria de 35,3%.
A análise separa as quatro macrorregiões da Saúde do Estado (Leste, Oeste, Norte e Noroeste) e aparece pela primeira vez no boletim que analisa a situação econômica e social do Paraná durante a pandemia do novo coronavírus. A Macrorregião Leste apresentou a queda mais acentuada, de 31,8%, enquanto Oeste e Norte registraram os declínios menos expressivos, de 23,7%.
Os negócios
Os resultados das vendas levam em comparação a semana de 13 a 19 de abril em relação a semana de 6 a 12 de abril. Houve queda na movimentação de hipermercados e supermercados (-28%), mas variações positivas de 1% a 106% nas vendas dos demais setores: farmácias (1%); restaurantes (14%); materiais de construção (37%); vestuário, calçados, cama/mesa/banho (76%); áudio, vídeo e eletrodomésticos (99%); e veículos novos (106%).
No setor de combustíveis, o consumo de diesel apresentou pequena alta na última semana de abril (11%) e se manteve estável na gasolina e no etanol. Essa recuperação se somou à quedas nos preços nas refinarias e nas bombas. Apenas nesse setor, observou-se redução média de R$ 56 milhões de ICMS devido por semana aos cofres do Estado.
Há também projeções do Produto Interno Bruto (PIB) no cenário que estabelece comparação entre a redução da atividade com o número de semanas de impacto da crise. No pior cenário, por exemplo, haverá queda de 7,3% no PIB brasileiro no acumulado de 22 semanas e queda de 85% nas atividades econômicas.
Isolamento social
No aspecto social de isolamento, com base em dados de geolocalização do Google do dia 19 de abril, o Paraná apresentava o índice de 63%, contra 64,3% de Santa Catarina e 64,2% no Rio Grande do Sul (nessa relação, quanto mais próximo de 100%, maior o grau de reclusão). Em São Paulo, estado com o maior número de casos e óbitos por Covid-19, o índice era de 61,4%.

Cacispar levanta situação das empresas do Sudoeste
JdeB – Na região Sudoeste ainda está sendo avaliado o reflexo da paralisação nos diversos setores comerciais. Em conversa com Carlos Manfrói, presidente da Coordenadoria das Associações Empresariais do Sudoeste (Cacispar), ele informou que está sendo realizado o relatório de dados da atividade econômica no Sudoeste e que o levantamento ainda em aberto. A previsão é de que essa pesquisa seja publicada até segunda-feira, 27.
Segundo Carlos Manfrói, o trabalho vem sendo feito com todas as associações da região, pela Cacispar e o Sebrae, e o engajamento das empresas da região está sendo positivo, com mais de 1.400 empresas que já responderam às questões do formulário elaborado para elucidar diversas questões, como o faturamento das empresas nos últimos 30 dias, aumento ou diminuição da atividade econômica, risco de desemprego, possibilidade de falência das empresas, entre várias outras questões.