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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Jornal de Beltrão valoriza nomes de rua

Todo dia, na versão online, tem fotos ligadas a algum acontecimento de hoje ou da história do município e sua gente.

Todos os dias, entre oito e nove horas, junto com a previsão do tempo o Jornal de Beltrão online mostra Francisco Beltrão em algum ponto da cidade. Neste tempo de pandemia já mostrou igreja sem missa, rodoviária sem ônibus, estádio sem jogo, hospital com pouco movimento. Também mostra ruas com alguma ligação histórica. Por exemplo: dia de aniversário de nascimento ou morte da pessoa que deu seu nome à rua.

Esses simples registros têm dado ótimos resultados. Começando por moradores da própria rua que têm oportunidade para se manifestar. Seguem dois exemplos deste mês.

Dia 2 de maio completavam-se 100 anos do nascimento de Pedro Vedana. Seu nome foi perpetuado numa rua do Bairro São Cristóvão. Lá, mora a filha mais nova, Élide, com o marido Antonio Berlande. Ela, além de ficar contente pela lembrança, acrescentou mais informações ao histórico de seu pai. Até ontem, a matéria havia registrado 734 acessos.

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Dia 11 de maio era aniversário de nascimento de Carlos Legramanti. É nome de rua no Bairro Júpiter. A publicação foi compartilhada pelo Facebook e um genro, Vilson da Silva, enviou um texto com mais informações sobre seu sogro. Até ontem, a matéria havia registrado 435 acessos.
A seguir, as duas matérias.

 

Há 100 anos nascia Pedro Vedana

O mapa indica que no Bairro São Cristóvão tem uma rua, de apenas duas quadras, denominada Pedro Vedana. Quem foi ele? Um agricultor nascido no Rio Grande do Sul, dia 2 de maio de 1920, exatos 100 anos deste sábado, 2 de maio de 2020.

Ao ser interrogada pela reportagem do Jornal de Beltrão, dona Marlei de Godoi Silveira, que há três anos reside numa casa alugada da Rua Pedro Vedana, diz que “é um lugar sossegado, bom de morar”. Quem foi Pedro Vedana? Ela não sabe. Mas indica uma vizinha que é da família Vedana.
Na “área” da casa, um casal toma chimarrão: Antônio e Élide Vedana Berlande.

– Que bom que vocês lembraram do meu pai – diz dona Élide. Ele sempre falava do 2 de maio que era o aniversário dele. Pode colocar que meu pai foi um grande homem.

Élide é a mais nova dos nove filhos de Pedro e Aurora Pansoni Vedana: Claudino, Nilce (já falecida), Vendelino e Avelino nascidos em Palmeiras das Missões (RS), mais os paranaenses Versedino, Alice, Everaldo (já falecido) e Élide, e a adotiva Leocarla (falecida ano passado, aos 56 anos).

A primeira informação que lhe vem é que seu pai, além de pioneiro do município de Francisco Beltrão e de ter participado da Revolta dos Posseiros, foi um dos premiados da 1ª Fenafe (Festa Nacional do Feijão, hoje Expobel), em 1967. “Ele levou milho inteiro, arrancou o pé, e também feijão plantado em caixinhas. Os prêmios que ele recebeu foi um rolo de fumo e um corte de vestido pra minha mãe.”

Em sua casa, na Rua Pedro Vedana, Élide Vedana (com um jornal da Família Vedana) e o marido Antônio Berlande, na manhã do dia 2 de maio.

 

Há 99 anos nascia Carlos Legramanti

Carlos Legramanti era gaúcho de Lageado. Mudou para Francisco Beltrão em 1963 e foi um dos construtores do Edifício Fábris, um dos primeiros em alvenaria na cidade. Segundo o livro Ruas da Cidade de Francisco Beltrão, ele era um exímio carpinteiro e “tinha o jogo de bocha como esporte preferido”. Era casado com Pierina Martina e teve oito filhos: Azelir, Néri Ângelo, Arlindo, Lurdes, Gema, Ivo José, Salete e Clarice Fátima. Carlos faleceu em 23 de setembro com 1996, com 75 anos.

Ao ler esta notícia, o genro Vilson Vieira da Silva enviou ao Jornal de Beltrão o seguinte comentário a respeito de seu sogro:

Carlos Legramanti foi homem honesto e muito trabalhador, um exemplo de pai, um bom esposo, gostava de um jogo de bocha, gostava de um vinho, salame e radiche, não podia faltar uma polenta. Era muito enérgico, mas na sua razão, um excelente carpinteiro, e também seus filhos Neri e Azelir. Um ótimo construtor de pontes, ajudou construir o tão falado Parque Miniguaçu, na Vila Nova, em Francisco Beltrão. Eu, Vilson Vieira da Silva, tive o privilégio de me casar com uma de suas filhas Gema, Lurdes, Clarice e a Maria Salete Legramanti, e minha esposa hoje com o nome de Maria Salete da Silva, já vamos fazer, dia 28 de maio, 43 anos de muito amor e companheirismo. Seu Carlos Legramanti gostava também de um cachacinha, e tinha bons amigos, lembro de alguns: Martini, Dio católico, e mais um monte de amigos. Era uma pessoa muito alegre e muito inteligente. Como sogro foi bem legal nosso convívio. Era casado minha sogra Pierina Martini Legramanti. Quem não conhecia minha sogra! Uma pessoa super legal, eu gostava de minha sogra. Que Deus tenha os dois. Se fosse escrever um livro sobre Carlos Legramanti e Pierina sua esposa, daria muitas páginas. Como genro, tenho muita saudade deles. Minha pequena homenagem a um grande homem que foi Carlos Legramanti, o carpinteiro jogador de bocha.

A filha Salete, o genro Vilson e Carlos Legramanti.

 

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