Obra com várias estratégias bioclimáticas estão empregadas no projeto, como reaproveitamento de água e energia solar.
Um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da arquiteta Maikieli Bussolaro, egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unipar Francisco Beltrão, prevê um novo espaço público e administrativo para o município de Coronel Vivida. O estudo foi apresentado ao prefeito Frank Schiavini, que gostou muito da ideia.
Segundo ela, um dos primeiros motivos que a levou a desenvolver este projeto é a carência por espaços públicos de qualidade e a falta de integração da população aos espaços públicos e administrativos das cidades, como influência para a criação de uma identidade para a prática da cidadania, o lazer e a interação social. “Além disso, a própria situação atual do centro público e administrativo de Coronel Vivida, que não atende à demanda devido às más condições de uso e ao dimensionamento dos espaços.”
A arquiteta explica que a implantação das edificações segue a orientação solar e a topografia do terreno. Com composição subtrativa de volumes a nível térreo, e aditiva para os pavimentos seguintes, permitindo uma área maior de circulação e praça a nível do solo, onde encontram-se as principais secretarias. No primeiro pavimento da Prefeitura está o café da praça, interligado com a praça elevada, que conta com espaço para feira de produtos coloniais, alimentação, espaço de trabalho ao ar livre, “salas urbanas”, chimarródromo, bebedouro, e espaço de lazer e descanso. “Essa ideia tem o objetivo de aproveitar a área acima dos estacionamentos como sequência da praça. Da mesma forma, ela oferece ligação direta com o café da praça, e juntos integram o edifício com a comunidade.”
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Egressa da Unipar apresentou projeto para nova sede da Prefeitura de Coronel Vivida.
Foto: Maikieli Bussolaro
Projeto segue conceitos de sustentabilidade
Maikieli afirma que várias estratégias bioclimáticas estão empregadas no projeto, como o uso de elementos de proteção nas fachadas, vertical e horizontal, com uso de brises móveis de madeira e jardins. Captação da água da chuva e sanitários que reduzem até 30% do consumo e reutilizam água das cisternas. O emprego de painéis solares fotovoltaicos, com capacidade de gerar toda a energia consumida. Além dos jardins de inverno, espelhos d’água, do vidro duplo nas fachadas e da vegetação, que atuam na conservação da biodiversidade e na criação de um microclima local.
Indicado ao prêmio Ópera Prima
O projeto da jovem arquiteta também foi indicado pela Universidade Paranaense para concorrer ao prêmio Ópera Prima 2020 que está em sua 30ª edição. A professora Adriana Kunen disse que o trabalho da egressa do curso de Arquitetura e Urbanismo é de excelência, bem pesquisado, bem referenciado e muito inovador.