Geral

Por Ivo Antônio Pegoraro
É difícil encontrar uma família que não tenha alguém com o nome Antônio. Um irmão, um sobrinho, um tio, um avô, sempre se encontra, no primeiro ou no segundo nome, como é o meu caso, Ivo Antônio. O Antônio é homenagem a meu avô materno, Antônio Bianchin.
História semelhante é a do Getúlio Oro de Dois Vizinhos. Ele enviou cedo, neste sábado, esta mensagem de Santo Antônio, para todos seus amigos de grupos de Whatsapp. “No meu nome tem Antônio – Getúlio Antônio Oro – e no nome do meu filho também, o Lúcio Antônio Oro”, atleta de renome internacional de vôlei, está na Europa.
Como acontece com muita gente, Getúlio conta sonhos que realizou, ou necessidades que lhe foram atendidas, por acreditar em Santo Antônio. Contei a ele – por telefone, nesta manhã de sábado – que o meu avô Antônio está numa das histórias dos livros do padre Fidélis Dalcin Barbosa. Quando ele fazia uma de suas muitas mudanças de cidades, faltou gasolina no caminhão. O vô apelou para Santo Antônio e pediu pro motorista tentar mais um pouco. O caminhão andou, o vô insistia “vai tocando, vai tocando”, e chegaram na cidade. Para o motorista foi um milagre, porque ele tinha certeza que o combustível tinha acabado.
O Getúlio conta histórias semelhantes. Uma delas é de uns 20 anos atrás quando ele levou sua filha para estudar em Marília, São Paulo. Andou o dia inteiro, passou por todas as imobiliárias e não encontrava lugar para ela morar. Já quase desanimando, entrou numa igreja e pediu ajuda para Santo Antônio. Logo depois, ao encontrar uma mulher na rua, ela lhe indicou um local que tinha vaga. Deu certo e ele pôde retornar para Beltrão no mesmo dia. “Uns acreditam, outros não, mas pra mim aconteceu”, conta Getúlio Antônio.
Quando defini os nomes dos personagens do romance Quatro Gerações – a história romanceada do Sudoeste do Paraná –, em 2017, vi, em pesquisas, que os nomes mais populares de nossa região são José e Antônio, e foi esse o nome que escolhi para o personagem principal do livro: José Antônio Enearo, o Toni (Enearo de “muitos aros” – Pegoraro, Munaro, Ruaro, Carraro, Megiolaro… encontrei mais de 300 descendentes de italianos com o final “aro”.
Na minha família também encontrei Antônio desde meus antepassados na Itália. Um Antônio Pegoraro, inclusive, nasceu em Pádua (de Santo Antônio) exatamente 90 anos antes que eu, dia 15 de março de 1863.
Obs.: Falei com o Getúlio que é bem conhecido dos leitores do Jornal de Beltrão neste tempo de pandemia. Ele esteve internado em Dois Vizinhos, mas está bem, diz que segunda-feira volta ao trabalho de representante comercial, vai retomar suas viagens pela região.
Que Santo Antônio proteja todos que tiveram paciência de ler esta crônica até o fim.