Além do complexo de saúde (que inclui a ampliação do HRS e construção do Hospital Intermunicipal), região está recebendo a nova rodoviária, a subestação da Copel, novas indústrias e loteamentos.
Novos loteamentos, a Ambev e a nova rodoviária são exemplos de como o Bairro Água Branca está atraindo investimentos públicos e privados nos últimos anos.
Fotos: Leandro Czerniaski/JdeB
Aos poucos, novas obras vão modificando a paisagem ao longo do Contorno Leste, em Francisco Beltrão. O trecho inicial da rodovia, no Bairro Água Branca, está atraindo cada vez mais atenção do setor público e de investidores privados e se consolidando como um conglomerado de saúde especializada.
Uma das maiores obras em construção no local é a do Hospital Intermunicipal, que iniciou há poucas semanas. Estão sendo aplicados R$ 25 milhões na edificação da estrutura, que irá atender a microrregião de Beltrão. Em breve inicia outro investimento na mesma linha: a ampliação do Hospital Regional do Sudoeste, com custo estimado de R$ 8 milhões.
Estas obras vão complementar outras estruturas de saúde já existentes num raio de 500 metros. Desde a inauguração do HRS, em 2010, a região recebeu o Centro de Ciências da Saúde da Unioeste – que teve a primeira etapa concluída, mas ainda deve ter mais investimentos do Estado para ser finalizado – e o Centro Regional de Especialidades, que atraiu consigo restaurantes e lojas.
A construção desses espaços faz crescer o movimento no bairro, que também é um importante entroncamento regional, e para dar conta das novas demandas, a infraestrutura também vai sendo melhorada. Para melhorar a segurança dos usuários do CRE, o Estado construiu um trecho de vias marginais em frente à entidade e antes mesmo de inaugurar a nova rodoviária – com obras orçadas em R$ 10 milhões – a Prefeitura já providenciou um novo acesso com rotatória entre as avenidas dom Agostinho Sartori e Água Branca.
Aliás, a via que leva o nome do bairro e que foi o primeiro acesso até a então Vila Marrecas será asfaltada nas próximas semanas. E ainda tem a nova subestação da Copel, obra em execução que está injetando mais R$ 30 mi no bairro. Todo esse conjunto de melhorias também torna a região mais visada residencialmente, com a abertura de loteamentos que fazem a integração com a área urbana de Marmeleiro.
Novas indústrias
A região também vem conquistando a preferência de indústrias por estar mais afastada da área urbana e por ser cortada por duas rodovias com fácil acesso à Marmeleiro, Ampere e Itapejara D’Oeste. É o caso da Okity, empresa que fabrica kits e componentes para instalação de ar condicionado e que irá se transferir de Boa Esperança do Iguaçu para próximo ao Bella Centro de Eventos. “Além da mudança de endereço, vamos deixar nossa indústria mais moderna e com uma loja para atendimento ao público”, explica o proprietário Odomar Bellé. A Okity pretende gerar cerca de 25 novos empregos inicialmente e a previsão é de iniciar a operação em novembro.
Nos arredores da nova indústria, também está sendo concluída a nova sede da Lico Distribuidora – atualmente no centro da cidade – e mais um hotel/motel. Próximo dali está sendo feita a terraplanagem de uma área industrial privada. A localização estratégica do bairro também o torna atrativo para empresas ligadas ao setor de transportes, tanto na região defronte o Contorno quanto à da PR-483. E o aumento na movimentação devido às empresas e residências já torna a ampliação de vias marginais às rodovias uma necessidade.
Espaço e acessibilidade
O empresário Sidnei Covatti transferiu a Vitral Sul – que atua com distribuição de itens para vidreiros – para o bairro, há sete anos. Precisava de mais espaço numa área acessível. “O fato de estar em frente à rodovia contribui muito para o nosso negócio”, comenta. Num terreno próximo à sede da empresa, ele abriu há um ano uma linha de pintura eletrostática, num investimento de R$ 4 milhões que gerou cerca de 30 novos empregos.