14.8 C
Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Comissão debate grupos prioritários para vacina da Covid

Prioridade será para idosos, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde.

A vacina comprada pelo Brasil está sendo produzida pela biofarmacêutica britânica AstraZeneca, em conjunto com a Universidade de Oxford.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia, adiantou ontem a preparação que está sendo feita para a estratégia nacional de imunização de brasileiros quando a vacina contra a Covid-19 estiver disponível no País. O assunto foi discutido na Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o enfrentamento à pandemia.

Segundo Correia, está sendo feito o mesmo cálculo usado para a vacina contra Influenza, cerca de 100 milhões de doses no País. O secretário disse que, tendo em vista as taxas de letalidade desse grupo, idosos e pessoas com comorbidades, como cardiopatia e obesidade, estarão entre os primeiros a receber a vacina. Também estarão no grupo prioritário os profissionais de saúde.

[relacionadas]

- Publicidade -

As primeiras 30,4 milhões de doses vão chegar em dois lotes: metade em dezembro e metade em janeiro. “Com o avanço da ciência, acreditamos que, em dezembro, talvez, já passemos o ano novo de 2021 com pelo menos 15,2 milhões brasileiros vacinados para Covid-19 e possamos juntos construir essa nova história da saúde pública do nosso País”, disse Arnaldo Correia.

Essa primeira etapa é parte do acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a biofarmacêutica britânica AstraZeneca, que está desenvolvendo o medicamento em conjunto com a Universidade de Oxford, e representaria 15% do quantitativo necessário para a população brasileira, ao custo de 127 milhões de dólares. O investimento inclui não apenas os lotes de vacinas, mas também a transferência de tecnologia para que a produção possa ser completamente internalizada e nacional.

Além desses dois lotes, mais 70 milhões de unidades da vacina serão disponibilizadas gradativamente, a partir de março de 2021. A negociação garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, tenha condições de produzir a vacina de forma independente.

Estrutura
Para acelerar a produção, será utilizada a estrutura de envasamento e rotulagem já disponível na produção da vacina contra a febre amarela no País. Cada frasco terá cinco doses, segundo representantes da Fiocruz.

Pelo acordo, a vacina de Oxford produzida, no Brasil, será distribuída apenas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para agências das Nações Unidas. Está em discussão a possibilidade de distribuição para outros países da América Latina.

Ainda segundo o secretário de Vigilância em Saúde, neste momento, priorizando fornecedores nacionais, o Ministério da Saúde já está preparando a aquisição de seringas, agulhas e o planejamento para a distribuição da vacina no País. Também está em levantamento do pessoal disponível para aplicar a vacina e a capacidade da chamada “rede de frios”, que são os equipamentos de estados e municípios em condições de estocar as doses nos 37 mil postos de vacinação do País.

Questionado sobre a logística de distribuição de doses, Arnaldo Correia disse que, depois da liberação, leva entre 15 e 20 dias. Ele lembrou que cabe ao Ministério da Saúde distribuir para os estados e, estes, aos municípios.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques