Movimento foi grande durante toda a semana em lojas de calçados e confecções, de perfumaria, móveis e eletrodomésticos.

Os comerciantes de Beltrão comemoraram os resultados da venda do Dia dos Pais. Os bons negócios se confirmaram.
Foto: Flavio Pedron/Jdeb
O otimismo do empresário Fernando Frank, proprietário das lojas Mania de Calçar e Casa dos Calçados, resume bem como foi a movimentação de alguns segmentos do comércio para o Dia dos Pais: “Dá pra considerar que foram as melhores vendas para a data dos últimos 20 anos, com bastante procura durante toda a semana passada e vendas acima das expectativas”. Frank estima que vendeu 15% a mais que no ano passado e o valor médio do presente passou da casa dos R$ 60 para quase R$ 100.
Em outras lojas, a movimentação também foi grande. “Para nós, as vendas já vinham num bom ritmo nos últimos meses e se intensificaram bastante para o Dia dos Pais”, comenta João Giacobo, proprietário da Maqgill Móveis. “Podemos afirmar que o movimento foi melhor que nos outros anos e numa gama grande de produtos de diferentes linhas”, completa Atacir Nicolodi, gerente da Afubra.
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A pesquisa da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) apontava que, no País, menos pessoas pretendiam presentear na data e a injeção de dinheiro na economia seria menor. O motivo é a crise causada pela pandemia da Covid-19, que afetou a renda de muitas pessoas, mas que parece ter influenciado pouco o comércio beltronense: durante toda a semana as lojas do Centro da cidade estiveram movimentadas e no sábado havia trânsito lento e muita gente com sacolas de compras nas ruas. A CDL local ainda está avaliando como foram as vendas entre seus associados.
O movimento maior deu uma injeção de ânimo em algumas empresas que estavam sendo mais afetadas pela pandemia. O empresário Ladi Dal Bem, da Mavidal, relata que as vendas da loja caíram drasticamente desde março, mas que o faturamento próximo ao registrado no Dia dos Pais de 2019 é um sinal dos primeiros respiros do setor de confecções. “Representa uma esperança de que, daqui a pouco, tudo vai voltar ao normal”, conta.

Lojas da área central da cidade comemoram bom resultado da data.
Foto: Leandro Czerniaski/JdeB
Turismo e eventos afetados
Alguns empresários ouvidos pelo JdeB comentam que como os setores de eventos e turismo estão paralisados durante a pandemia, quem não teve a renda afetada diante das medidas de combate ao coronavírus pôde reorganizar o orçamento familiar de forma a destinar mais dinheiro para outras áreas, principalmente às ligadas à casa (utensílios, móveis, decoração, construção…).