8.2 C
Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Salim Mattar e Paulo Uebel pediram para sair do Ministério da Economia, e Guedes lamenta

Os motivos foram a lentidão do programa de privatizações e o adiamento da reforma administrativa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta semana que o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, e o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão.

Segundo Guedes, o motivo da demissão seria a insatisfação de Mattar com o ritmo das privatizações de estatais. “O que ele me disse é que é difícil privatizar”, disse. No caso de Uebel, o ministro disse que o secretário deixou o cargo pela falta de andamento da reforma administrativa.

“Hoje [terça] houve uma debandada”, lamentou Paulo Guedes. “O que ele [Mattar] me disse é que é muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver a privatização, que é muito difícil, muito emperrado, que tem que ter apoio mais definido, mas decisivo. O secretário Uebel, a mesma coisa. A reforma administrativa está parada, então ele reclama também que a reforma administrativa parou”, disse Guedes.

- Publicidade -

Para o prefeiturável de Francisco Beltrão Talles Vanderlinde (PSL), ligado ao bolsonarismo, “a economia está sendo bem gerida”, apesar das perdas dos dois nomes.

“Estamos com a inflação controlada e a taxa de juros são as menores da história. Após a pandemia tenho certeza que o Brasil vai voltar a crescer de 2,5% a 3,5%. Confio no trabalho do ministro Paulo Guedes. Tenho certeza que ele tem capacidade de remontar a sua equipe com nomes de ótima capacidade técnica”, completou Talles, otimista.

O secretário municipal Antonio Carlos Bonetti (Administração) lamenta as duas saídas. “Recompor a equipe é sempre um tempo desperdiçado; foi uma perda de técnicos importantes”, comentou, lembrando que a economia do Brasil está dando sinais de reação e a saída de ambos não foi boa.

Para o presidente Jair Bolsonaro, todos os que deixam o governo voluntariamente “vão para uma outra atividade muito melhor”. “Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais”, declarou.

Privatização
O ministro Paulo Guedes também disse que gostaria de privatizar quatro grandes empresas e citou a Eletrobras, PPSA [estatal de partilha do Pré-Sal], Correios e a Docas de Santos. “Eu, se pudesse, privatizava todas as estatais. Para privatizar todas, você tem que privatizar duas ou três, nós não conseguimos nem duas ou três. Isso é preocupante”, disse.

 

Bolsonaro defende privatizações e responsabilidade fiscal do Estado

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a privatização de empresas públicas e disse que “os desafios burocráticos do estado brasileiro são enormes”. “O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada”, escreveu, em publicação nas redes sociais.

A mensagem foi publicada junto com uma foto de Bolsonaro com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

De acordo com o presidente, “num orçamento cada vez mais curto”, é normal os ministros buscarem recursos em outras fontes para obras essenciais. “Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos”, afirmou.

Bolsonaro afirmou ainda que privatizar uma empresa “está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira para aquele que der mais ‘levá-la para casa’”. “Para agravar o STF decidiu, em 2019, que as privatizações das empresas ‘mães’ devem passar pelo crivo do Congresso”, escreveu.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques