Segundo a Organização Meteorológica Mundial, 2020 pode se tornar o ano mais quente da história.

Por Jônatas Araújo
O Simepar, através de nota emitida na segunda-feira, 14, informou que a anomalia climática conhecida como La Niña entrou em atividade, e deverá afetar a condição climática em todo o País nos próximos meses. No Sul, as chuvas serão menos frequentes, e o fenômeno causará o aumento significativo das temperaturas.
Segundo a nota do Simepar, grandes centros de previsão climática mundiais monitoravam a temperatura do Oceano Pacífico nos últimos meses. O estudo da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), instituto climático norte-americano, confirmou o fenômeno, e deverá ter duração de três a seis meses.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) disse que o fenômeno será de intensidade moderada. Segundo o órgão, mesmo com o La Niña, que tem a característica de causar o resfriamento da temperatura global, este ano poderá ficar marcado como o mais quente da história. Ainda segundo a OMM, as condições climáticas extremas devem favorecer o aumento dos incêndios florestais.
Pantanal
Atualmente, a região do Pantanal, no Brasil, sofre com incêndios desde julho. O relatório do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), também publicado na segunda-feira, aponta que os incêndios no Pantanal aumentaram 210% este ano, em comparação ao mesmo período de 2019.
Efeitos do La Niña no Brasil
A La Niña é uma anomalia climática que acontece por causa do resfriamento anormal do Oceano Pacífico. Ela tem efeito contrário ao El Niño, e diminui vertiginosamente o volume de chuvas no Sul e Sudeste do País, favorecendo estiagens e secas, enquanto aumenta o volume de chuvas no Norte e Nordeste.