Em São Jorge D’Oeste, o sistema opera no limite.

Há 26 dias não chove na Região Sudoeste do Paraná. A última chuva foi dia 20 de agosto e, depois, ocorreram duas fortes geadas dias 21 e 22. Desde então, além da falta de precipitação, as temperaturas começaram a aumentar e os índices de umidade relativa do ar têm ficado abaixo de 50%. A falta de chuvas ainda não compromete o abastecimento de água, mas a Sanepar diz que os mananciais hídricos já sentem os efeitos da estiagem. No Sudoeste, a situação mais preocupante está em Dois Vizinhos.
Conforme a Sanepar, os sistemas de abastecimento das regiões Oeste e Sudoeste, de maneira geral, estão com deficit nas vazões dos mananciais desde a estiagem do ano passado, principalmente os locais que são atendidos por poços artesianos.
No Oeste do Estado, a situação é mais delicada em Medianeira, onde o sistema está em alerta de rodízio desde o início do ano. Cascavel, que precisou de rodízio no abastecimento de setembro a dezembro de 2019, já dá sinais de preocupação. Os mananciais perderam cerca de 25% da vazão e o consumo chegou a subir 15% em relação à média do período do ano passado. O registro de saída do lago municipal precisou ser aberto em 40% para poder complementar a vazão do Rio Cascavel, que é o principal manancial de abastecimento.
O sistema de abastecimento de Santa Tereza do Oeste tem necessitado de complemento com caminhão-pipa nos fins de semana porque os dois poços e o Rio Gonçalves Dias não atendem mais à demanda.
Dois Vizinhos preocupa
No Sudoeste, no geral, foram registradas alterações significativas no consumo em todos os sistemas devido ao calor. A situação mais preocupante é em Dois Vizinhos. Os mananciais subterrâneos e superficiais apresentam redução de vazão, contribuindo para o deficit de 25% na produção de água. O sistema corre risco de ter rodízio no abastecimento.
Saudade do Iguaçu apresenta risco pela redução da vazão no Rio da Paz. A Sanepar pode usar ainda os lagos do Iguaçu para complementar o abastecimento dos domicílios urbanos. Em São Jorge D’Oeste, o sistema opera no limite. Com o consumo elevado, tem sido necessário o complemento com caminhão-pipa.
Em Palmas, onde já foi aplicado rodízio em maio deste ano, a situação está um pouco mais confortável porque a vazão do rio tem se mantido estável.
Consumo de água aumenta na região
Francisco Beltrão: média de consumo de agosto deste ano foi de 488 mil litros de água por dia. Já em setembro houve aumento de 4%, chegando à média diária em 507,2 mil litros/dia. Se compararmos com a média de setembro do ano passado, a diferença também é de 4%.
Dois Vizinhos: de agosto para setembro deste ano a variação é de 2% no aumento do consumo. De 183 mil litros de água consumidos diariamente em agosto foi para 187 mil litros/dia em setembro.
Pato Branco: o consumo de agosto para setembro aumentou em 4%. E de setembro do ano passado para a média de setembro deste ano subiu 6%.
Palmas: as variações de um mês para o outro e do ano passado para este também ficaram em 4%.
Fonte: Sanepar