Saúde
Francisco Beltrão está passando por uma nova escalada de casos da Covid-19. Da quinta-feira, dia 15, até a quinta-feira, dia 22, quando são feitas as avaliações detalhadas do comportamento da doença no município, foram 111 novos diagnósticos. Índice semelhante foi registrado pela última vez no início de agosto, quando o município teve 115 novos casos numa semana. Este aumento preocupa as autoridades sanitárias, que não descartam a possibilidade de restrições em casos de colapso.
Na sexta-feira, 23, o município chegou a 1.760 casos da doença com 30 dos 44 leitos disponíveis, ocupados. Na quinta-feira, quando a Secretaria Municipal de Saúde, Departamento de Vigilância em Saúde e equipe de Vigilância Epidemiológica divulgaram o documento detalhado de novos casos, este número estava em 1.742.
Mas, desde 10 de setembro, o índice de novos casos vinha baixando, chegando a atingir em 8 de outubro apenas 56 novos casos em sete dias: o menor índice desde 23 de julho, quando começaram as análises semanais. Porém, de 56 novos casos por semana, o município foi para 83 e chegou a última quinta-feira com 111 novos casos. Em óbitos, o número também preocupa, já que depois de agosto, mês em que houve o pico da doença com todas as semanas registrando mais de 100 casos e 14 óbitos, no total, outubro está ao lado de setembro com a segunda maior quantidade de óbitos: cinco cada um.
Manutenção das medidas
Segundo o secretário de Saúde, Manoel Brezolin, estes números preocupam a Secretaria, que ontem, 23, chamou a equipe para uma reunião interna. Porém não há previsão de que medidas mais restritivas sejam tomadas no momento, uma vez que a estrutura de saúde não está superlotada e tem capacidade para atender os casos locais.
Voltar atrás, no entanto, não é descartado, caso a escalada de casos interfira no atendimento da rede pública. “Até agora tivemos o aumento do número de casos, mas não tivemos aumento da internação. Existe uma superlotação, mas não da área Covid. Isso é um fator que vai ser analisado. Agora, se correr o risco da rede hospitalar não dar conta, aí sim.”
Brezolin frisa que todas as medidas de proteção ainda estão valendo e precisam ser seguidas. O uso da máscara de proteção facial, higienização das mãos com água e sabão, uso do álcool em gel e o distanciamento mínimo entre as pessoas seguem em vigor conforme definido em decreto, somado a orientações que incluem a troca de roupas ao chegar em casa e limpeza adequada do ambiente de trabalho.
“Se a população seguir estas orientações temos a certeza que a doença não terá um pico de novo. Mas, se as medidas não forem observadas, o risco de termos que restringir é muito grande e isso seria uma pena”, defende.
O secretário destaca que a Saúde segue atendendo as denúncias e pede para que a população auxilie no controle das medidas básicas: evitando locais onde as pessoas não estão usando máscaras e alertando a quem não cumpre as medidas básicas de cuidado, que as siga.