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Francisco Beltrão
segunda-feira, 23 de junho de 2025

Edição 8.230

21/06/2025

Há 39 anos era criado o Colégio Madre Teresa

Geral

Romeu Werlang com o relatório das 166 pessoas que contribuíram com dinheiro para iniciar o Colégio Madre Teresa, em 31 de outubro de 1981.

Francisco Beltrão precisava de um curso de ensino médio que desse condições para seus alunos competirem, nos vestibulares, com candidatos das maiores cidades do Estado. Foi com essa finalidade que surgiu o Colégio Madre Teresa, em 1982.

Começou em salas do Colégio Glória, depois mudou para a Facibel (atual Unioeste). Em seu curto período de existência, deixou um histórico de ótimos serviços prestados à educação beltronense. Os vestibulandos tornaram-se mais competitivos. E o aprendizado que tiveram os deixou mais preparados para a vida profissional. São muitos os ex-alunos que até hoje elogiam a qualidade do ensino e os bons tempos que estudaram no Madre Teresa.

“Eu gostava muito, tinha aula nos períodos da manhã e da tarde. Eu estudei com bolsa. Jogava vôlei no Santa Fé e na seleção do município e precisava apresentar notas boas. Só tenho boas memórias. Prestei vestibular na PUC para Odontologia e passei em 33º lugar.” Silvana Dal Ponte, aluna dos anos 85 a 87, hoje dentista que depois de formada retornou a Francisco Beltrão e trabalha aqui até hoje. Silvana diz que a maioria de sua turma foi bem profissionalmente, ela lembra de outras pessoas que, como aconteceu com ela, estão na cidade. Cita o Alexandre Pécoits, a Denise Adamshuk, o Marco Cesar Marcon…

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Dr. Abdo José era o presidente da comissão pró-fundos financeiros para criação do Madre Teresa (até ontem, dr. Abdo estava hospitalizado, seus amigos lhe desejam boa recuperação).

“Foi um colégio de qualidade, ótimo, tínhamos um curso profissionalizante, era muito bom. Professores muito bons, a Mirna, a Ivone do dr. Mário, a Liciane Dalmolin, pessoas muito queridas. Eu adorava. E a mensalidade ainda era mais em conta do que em outras cidades. Passei no primeiro vestibular, em Agronomia, na Federal de Curitiba.” Marco Cesar Marcon, engenheiro agrônomo.

Bonita história
É bonita a história da formação do colégio. Havia professores, local para instalação, alunos – muitos alunos, de Beltrão e região – mas faltava dinheiro para as despesas iniciais. Foi quando a sociedade se mobilizou, criou uma comissão que, em apenas 16 dias – de 15 a 31 de outubro de 1981 –, arrecadou 4.5999.850,00 cruzeiros. 

Em outubro de 1981, o dólar valia 110,67 cruzeiros. Daria 41.563 dólares. Nos valores de hoje (dólar a R$ 5,775) seriam R$ 240 mil. 
 
Com aquele dinheiro foram adquiridos móveis, máquina de escrever (marca Olivetti) e equipamentos para os laboratórios de física-química, biologia e patologia.

Até a prestação de contas, dia 13 de fevereiro de 1982, boletim assinado pelo presidente Abdo José e o tesoureiro Romeu Antonio Werlang mostra que já haviam sido arrecadados mais Cr$ 238.500 em matrículas e Cr$ 88.631 em juros* de aplicações. Havia ainda R$ 1.130.000 para receber e Cr$ 238.500 era o saldo em caixa.

Em fevereiro de 1982, o dólar já estava em Cr$ 135,75 mas, de qualquer forma, os valores arrecadados (Cr$ 4.926.981,00) eram equivalentes a R$ 208 mil de hoje.
 
Observação: Os ditos “rendimentos” em juros de aplicações eram relativos, porque a inflação era alta, o cruzeiro desvalorizava muito e o dólar subia muito. Aqueles R$ 4.926.981 transformados em dólar da época e em reais de hoje, dariam 257 mil reais em outubro de 1981 e 208 mil reais em fevereiro de 1982.

Comissão
O que vale destacar, hoje, é como a comunidade beltronense, em pouco tempo, se mobilizou e viabilizou a criação e funcionamento do colégio. 

A Comissão pró-fundos financeiros para a criação do Colégio Madre Teresa foi dividida em dois grupos (cada grupo percorreu um lado da cidade) e ficou assim constituída:

1º Grupo: Coordenador Dr. Abdo José; membros João Batista de Arruda, Augusto Zapelini, dr. Mário Vargas Junqueira da Rocha, Alceu Guerra e Waldir Busato.

2º Grupo: Coordenador Jahyr de Freitas, membros João Dominoni, Moacir Dall’Oglio, Altair Penso, José Edair da Rosa e Romeu Antonio Werlang.

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