Previsão é de retorno no primeiro trimestre de 2021, quando projeto abrirá novas inscrições.
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As tradicionais apresentações de fim de ano feitas pelo Projeto Jovens Músicos Concertistas de Francisco Beltrão foram adiadas devido ao aumento de casos de Covid-19 no município.
As aulas, que estavam acontecendo regularmente, também foram encerradas. A previsão é que as atividades retomem ainda no primeiro trimestre de 2021, quando também será aberta a inscrição de novos alunos.
O projeto, que existe há cinco anos, é viabilizado por leis de incentivo do Ministério da Cidadania e Cultura, com apoio de entidades e empresas locais.
Ele é realizado pela Cooperativa de Arte e Cultura do Sudoeste (Coperarte) e Sonata Escola de Música. Durante todo o ano de 2020, atendeu 40 estudantes com idades entre 7 e 18 anos vindos de escolas da rede pública do município.
Devido à pandemia, as aulas foram suspensas no período de 15 de abril a 8 de maio, conforme definido por decreto municipal. O retorno, após esse hiato, só foi possível, segundo o empresário Roniedson Rebelatto, da Coperarte, pela adoção de protocolos de segurança e higienização. Nenhum dos alunos contraiu a doença no período.
“Nosso método de trabalho, antes, eram aulas em grupo, aí mudamos e os professores se dispuseram a fazer horários mais estendidos. Fomos dividindo em pequenos grupos. Atendíamos dois alunos, um, no máximo três por sessão. Conseguimos assim retornar às aulas e fazer as atividades. Na sequência, foi liberado um pouco mais e conseguimos reunir pequenos grupos, sempre com distanciamento, máscara e conseguimos fazer ensaios, inclusive com formação de orquestra”, destacou Roniedson.
As aulas só foram interrompidas novamente por questões de segurança, diante da escalada de casos da Covid-19 no município e após familiares de alunos apresentarem sintomas da doença.
O cancelamento das apresentações segue o mesmo protocolo e vai ao encontro do Decreto Estadual 6.284/2020, que impede a aglomeração de mais de dez pessoas, o que limita a apresentação em público, conforme previsto na agenda do projeto.
Apesar das interrupções das aulas, Roniedson disse que nenhum aluno foi prejudicado. “Como tinham mais tempo livre, em vista de que não iam à escola tradicional, eles estudaram mais que em anos anteriores. O aproveitamento foi muito bom. Estávamos com o repertório excelente para apresentar. No caso dos instrumentos, puderam se dedicar e o rendimento foi muito melhor.”
Projeto para 2021
A previsão é que as apresentações, que encerram o ciclo anual de atividades do projeto, aconteçam ainda no primeiro trimestre de 2021, quando também se iniciará o sexto ano do projeto.
“Estamos indo para o sexto ano consecutivo e temos alunos que estão desde o primeiro ano. Alunos que estão tocando por conta própria em outros grupos, alunos ajudando no projeto. A comunidade já reconhece esse trabalho. São vários apoiadores que notam nele um trabalho muito bom. E os jovens estão cada vez mais adeptos a ele. Temos vários alunos que são residentes do interior e vêm pra cidade fazer esse curso. Então, vai render muitos bons frutos”, destacou Roniedson.
As aulas do projeto ocorrem ao lado da sede do Rotary, nas quintas e sextas-feiras à tarde. São ensinadas teorias e práticas de instrumentos da música erudita, incluindo violino, violoncelo e contrabaixo sinfônico.