Regional
O engenheiro elétrico e diretor da Rádio Voz do Sudoeste FM, de Coronel Vivida, Roberto Lang, também diretor da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Paraná (Aerp), diz que todas as emissoras de amplitude modulada (AM) da região vão migrar para frequência modulada (FM).
As direções das rádios AM da região não querem migrar para a faixa estendida – entre 86 e 108 megahertz – porque vai demorar muitos anos para que as pessoas tenham rádios/celulares ou rádios em seus veículos com esta faixa. Hoje o dial com os canais de FM vai de 86 a 106 MHz.
A consulta pública 70 foi aberta dia 8 de novembro e tinha prazo de encerramento para 8 de dezembro, mas foi prorrogada em mais 30 dias. Esta consulta pública inclui as rádios AM de Francisco Beltrão (Educadora e Princesa), AM de Pato Branco (Cidade, Celinauta e Itapuã) e AM de Santo Antônio do Sudoeste (Entre Rios) e uma série de outras rádios AMs.
Como estas emissoras estão em faixa de fronteira e têm maior potência, é preciso a anunência dos governos do Brasil, Argentina e Paraguai.
Para serem incluídas na faixa normal – 86 a 106 MHZ – e num processo menos moroso, as direções das rádios AM de Beltrão e Pato Branco aceitaram reduzir suas potências no processo de migração para FM.
Em outra consulta pública foram incluídas as rádios AM de Realeza (Clube) e de Dois Vizinhos (Educadora), além de outras emissoras.
Salvo algum imprevisto, Roberto Lang acredita que todas as emissoras AM do Sudoeste do Paraná vão migrar para FM. “No Sudoeste não vamos ter ninguém na faixa estendida”, aposta.
Para a migração, as empresas precisam elaborar processos e projetos para instalar novas antenas, novos transmissores FM e mudança de equipamentos nos estúdios – de mono para estéreo.
Depois de superada a etapa das consultas públicas e desde que não haja recursos e empecilhos, o Ministério das Comunicações passará a coordenar uma nova etapa neste processo de migração.
Lang explica que as rádios deixarão de ser concessionadas para se tornarem permissionárias do serviço em faixa de FM. A mudança também acarretará em pagamento de valor ao Governo Federal.
Os valores são diferenciados e a definição leva em contato, por exemplo, a população, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município, área de cobertura que será atingida e a potência da emissora, entre outras.
Lang adianta que as autorizações para migração já saíram para as rádios Pérola AM, de Pérola D’Oeste, e Danúbio, de Santa Izabel do Oeste. Para a Rádio Ampere já foi encontrado também um canal de FM.
Apoio dos deputados
Roberto Lang destaca o apoio da bancada de deputados da região neste processo de migração. Mas ele salienta, sobretudo, o apoio do deputado Vermelho (PSD). “Ele tá nos ajudando, tá nos assessorando e levando os documentos”, diz.
Lang destaca também o trabalho da Aerp, que vem fazendo este trabalho sem cobrar das emissoras. “Não se investiu nada”, afirma, em relação a gastos. Mas observou que teve algumas emissoras que acabaram gastando.
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