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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Gaeco desmantela organizações criminosas que agiam na Penitenciária de Francisco Beltrão

Houve apreensão de armas, drogas, dinheiro e prisões em flagrante.

Imagens dos itens apreendidos e do cumprimento dos mandados.

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã de ontem, 9, a Operação Colete, que investiga possíveis organizações criminosas com atuação na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. 

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva nas cidades de Francisco Beltrão, Pato Branco e Mariópolis, e no município paulista de Itaí.

As ordens de prisão foram cumpridas contra dois detentos que estavam em regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica e dois agentes penitenciários.Investigações conduzidas pelo Gaeco de Francisco Beltrão apontaram indícios da existência de dois grupos – integrados por agentes penitenciários, detentos e familiares de presos – que atuavam para viabilizar o ingresso de objetos ilícitos no interior do estabelecimento prisional.

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Entre os objetos enviados ilegalmente estão aparelhos de telefone celular, drogas, fumo e outros itens utilizados para fugas.São apuradas as possíveis práticas dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de drogas e ingresso de aparelho celular em estabelecimento prisional.

As investigações contaram com o auxílio do Departamento Penitenciário e os mandados de busca e apreensão foram cumpridos com a colaboração da Polícia Militar e da Polícia Civil.O promotor de justiça Tiago Vacari, do Gaeco de Francisco Beltrão, disse que no transcurso das investigações foi apurada a atuação de duas organizações criminosas na PEFB.

“Elas eram responsáveis pela entrada de objetos ilícitos dentro da Penitenciária. Uma delas capitaneada por um ex-detento do regime fechado, que hoje está no regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica, e que comercializava produtos com detentos do regime fechado. Estes objetos ingressavam na unidade através dos agentes penitenciários. A outra organização criminosa era capitaneada por um detento que está recluso no estabelecimento prisional de Francisco Beltrão. Os familiares eram quem geriam a compra de produtos e recebimento de valores e entrega destes objetos aos agentes penitenciários para ingressar com os ilícitos”, comentou Vacari. 

O diretor da PEFB e coordenador regional do Departamento Penitenciário (Depen-PR), Marcos Andrade, falou ao JdeB que só a investigação poderá apurar se os agentes atuaram na facilitação de fugas no presídio, por meio da entrada de ferramentas como brocas e serras.

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Em todas as fugas é aberto um procedimento investigatório pelo Depen com participação do Ministério Público e Corregedoria. Ele considerou a operação exitosa, com resultados satisfatórios por meio da investigação do Gaeco. “Com certeza foi dado uma resposta e torcer que finalize e aqueles que estão querendo tirar uma vantagem repensem porque com certeza as autoridades estão atentas.”

Balanço da operação
No cumprimento dos mandados da Operação, foram apreendidas drogas (maconha, cocaína, crack e uma cartela de LSD), armas de fogo (uma pistola 9mm, uma pistola calibre 22 e uma espingarda 22), valores em dinheiro (R$ 11 mil em espécie), anotações da atividade de tráfico e documentos. Apenas em uma residência haviam três armas, drogas e dinheiro. Houve prisão em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Em outro local foi preso um cidadão que estava na posse de cocaína, maconha e crack. 

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