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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Identifique sintomas de diabete em cães e gatos

Dra. Yana Cris Crestani, da Vital Clínica Veterinária, explica como deve ser o tratamento.

Dra. Yana Cris Crestani, da Vital Clínica Veterinária e Pet Shop, e Bob.

A diabete mellitus é uma doença endócrina, que acomete tanto os cães e gatos quanto os humanos, causando o aumento de açúcares no sangue, ou seja, uma hiperglicemia. Dra. Yana Cris Crestani, da Vital Clínica Veterinária e Pet Shop, comenta quais são os sinais e como pode ser o tratamento. 

JdeB – Quais os sintomas?
Dra. Yana Cris Crestani: Os sinais clínicos mais frequentes que os animais apresentam são aumento de ingestão de água, perda de peso de forma rápida, aumento na frequência urinária, hálito com cheiro semelhante ao da cetona e aumento de apetite. Porém, em casos mais graves, o animal pode parar de se alimentar.

A urina tende a ser mais espessa que o normal e, como o rim filtra o sangue que está com excesso de açúcar, a urina se torna doce, podendo ter presença de formigas no local aonde o animal faz xixi. O aparecimento de cataratas nos olhos é muito comum, reduzindo a visão do animal rapidamente. Esse é um dos sinais mais relatados pelos tutores, porém, quando detectado, o animal já está em estágio avançado da doença, podendo também apresentar pancreatite, vômitos, intensa desidratação e infecções. 

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Quais as causas?
A diabete é uma doença causada pela baixa ou falta de produção de insulina pelo pâncreas. Os fatores para que isso aconteça podem ser por predisposição genética, obesidade, alimentação pobre em nutrientes, anomalias hormonais, estresse e alguns medicamentos. 


Como deve ser o tratamento?
O tratamento varia de acordo com o grau da doença e o estado que o animal está. Assim como na medicina humana, a diabete é classificada de duas formas, tipo 1 e tipo 2, sendo a tipo 1 a mais comum entre os cães e tipo 2 em gatos.

Animais que apresentam diabete tipo 1 normalmente necessitam de reposição de insulina diariamente, administradas por pequenas doses de injeção. Já diabete tipo 2 nem sempre precisa aplicar insulina no paciente, porém, deverá ter acompanhamento frequente de um médico veterinário.

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A alimentação deverá ser substituída imediatamente por uma ração específica, que contenha alto teor de fibras e baixo teor calórico, para minimizar os aumentos de açúcares no sangue. As refeições deverão ser em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.

 

Em geral, a doença se desenvolve numa idade em específico?
Pode ocorrer em animais entre os 3 e 10 anos, porém, a faixa de idade com maior casuística é entre os 6 e 9 anos de idade. Sendo mais comum em fêmeas do que em machos.

Em que casos é necessário internamento?
Em alguns casos em que os animais entram em crise cetoacidotica por descompensação da diabetes, o internamento do paciente é de extrema importância, pois devido à grande perca de líquidos através da urina e por episódios de vômito podem desidratar com muita facilidade, sendo necessário receber soro endovenoso.

Além disso, alguns animais só conseguem baixar o pico da glicose com o uso de insulina endovenosa de forma contínua, para que possa ter uma resposta mais rápida ao tratamento, para isso são necessários exames constantes de glicose, para que possamos acompanhar a evolução do quadro clínico do animalzinho.

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