Centrais geram empregos durante as obras e, depois da operação, retorno de ICMS para o município.

O município de Salto do Lontra também está na onda dos novos investimentos privados para a construção de PCHs e CGHs. Grupos de investidores de Salto do Lontra, Renascença e Pato Branco vão construir duas centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) no município.
Os dois investimentos podem chegar a R$ 24 milhões. As construções das novas centrais hidrelétricas começam neste semestre. Para o município, estes investimentos são importantes porque no primeiro momento há geração de empregos diretos — estima-se em torno de 30 a 40 funcionários na CGH Jaracatiá e de 15 a 20 na CGH Lontra.
No segundo momento, após a conclusão e funcionamento das centrais, a Prefeitura passará a receber valores agregados às transferências de ICMS do Governo do Estado decorrentes da venda da energia gerada.
Impacto ambiental é menor
Em dois anos o Governo Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) autorizou a construção de 40 novos empreendimentos energéticos no Paraná. São, basicamente, CGH-PCHs. Boa parte destes investimentos estão sendo feitos em rios que cortam a região Sudoeste: Chopim, Marrecas (Mangueirinha), Jaracatiá, Santana, entre outros.
As PCH-CGHs geram menor quantidade de energia elétrica, mas também alagam áreas menores e o impacto ambiental é minimizado. Porém, tanto as pequenas quanto as grandes hidrelétricas são importantes para oferecer energia elétrica para o operador do Sistema Nacional Elétrico, para venda no mercado livre ou geração distribuída.
Para a CGH Jaracatiá já há um pré-contrato assinado para geração distribuída, em que a usina é “alugada” para a geração da energia elétrica.
Construção e operação
A CGH Jaracatiá está sendo construída no Rio Jaracatiá e a CGH Salto do Lontra será construída no Rio Lontra.
Na área da CGH Lontra já foi retirada a mata e limpado o local para o trabalho das máquinas e a construção civil. Na área da CGH Jaracatiá já aconteceu a retirada da mata. As turbinas para estes empreendimentos serão fornecidas pela empresa Hacker, de Xanxerê (SC).
Os projetos contam com a autorização da Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Iphan, Assembleia Legislativa e Governo do Estado (Casa Civil e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável).
Para a construção destas usinas foram firmados contratos de compra de alguns imóveis lindeiros, mas a maioria dos proprietários aceitou arrendar parte de suas áreas que ficam nas margens do rio.
A estimativa é que a CGH Jaracatiá demore de 15 a 18 meses para ficar pronta e a CGH Lontra deve demorar tempo menor, de nove a 12 meses. Os recursos devem vir de fundos de investimentos.
Após a conclusão das obras e a colocação em funcionamento destas pequenas hidrelétricas serão necessários apenas de dois a três funcionários para acompanhar o funcionamento e fazer os serviços de manutenção. A operação é acompanhada de forma remota pelos investidores, já que todas as informações são repassadas via on-line para os computadores.
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