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O Conselho de Ética da Câmara instaurou ontem o processo de cassação dos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ) e Flordelis (PSD-RJ). Silveira também foi afastado da suplência do colegiado.
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Para cada um dos casos foram sorteados três nomes de possíveis relatores. Caberá ao presidente do Conselho, Juscelino Filho (DEM-MA), escolher o parlamentar que cuidará de cada um dos processos dentro da lista tríplice.
Juscelino Filho determinou ainda o afastamento, de ofício, de Silveira, que era suplente do conselho de ética. Para o processo envolvendo o ex-PM, foram sorteados os deputados professora Rosa Neide (PT-MT), Fernando Rodolfo (PL-PE) e Luiz Carlos (PSDB-AP).
“É muito importante que a designação do relator seja rápida e que justiça seja feita cassando o mandato desse delinquente”, afirmou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RJ). “Que seja mais uma derrota do bolsonarismo e da extrema-direita. Para isso, é fundamental a pressão pública pela cassação de Daniel.”
Silveira está preso desde o dia 16, após ter publicado um vídeo com ataques ao STF e com apologia da ditadura militar. A prisão em flagrante foi ordenada por Alexandre de Moraes, ministro da Corte.

Dos 19 deputados do Conselho – que está incompleto, seriam 21 ao todo -, 12 votaram pela manutenção da prisão no plenário, quatro foram contrários e três não votaram. Silveira foi abandonado pelo Palácio do Planalto antes da votação de sexta, na Câmara.
Aconselhado por assessores a não se envolver no caso, Bolsonaro se calou e não manifestou apoio ao aliado, publicamente, mas foi cobrado por grupos bolsonaristas.