Ele ainda precisa de cuidados.
Kauã Gustavo, que completará 9 anos dia 14 de maio, vive numa cadeira adaptada, não caminha, não fala e está com um olho comprometido. Ele era uma criança saudável, mas agora já não brinca mais.
Os brinquedos maiores foram doados e os pequenos estão guardados de recordação. Sua história de superação iniciou há quatro anos, quando o pequeno passou a sentir fortes dores na barriga, indicando alteração no intestino, o que não foi constatado nas primeiras avaliações. Após 20 dias internado num hospital em Beltrão, ele foi encaminhado para o Hospital Regional, mas já não falava e não caminhava mais; estava com início de leucemia.
Neste mesmo dia, foi encaminhado para cirurgia, que constatou um comprometimento de 40 cm do intestino com necrose e trombose. No dia seguinte precisou viajar de avião para Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, acompanhado do pai Neu Xavier; a mãe Maria de Lurdes Machado teve que ir de ônibus.
Kauã ficou entre a vida e a morte, porque sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e uma parada cardíaca. No dia seguinte, foi para o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, onde passou por três cirurgias, sendo que uma delas durou 11 horas.
Esta cirurgia era para retirada de um dos rins, mas durante o procedimento cirúrgico foi feita biópsia e constatado que o órgão estava saudável, então ele acabou recebendo seu próprio rim.
Foram três meses e meio de internamento. Hoje, Kauã se alimenta por gastrostomia – sonda alimentar – e interage pouco. Seus pais têm consciência de que ele precisa reaprender a fazer tudo, mas não perdem a esperança. “Tenho muita fé em Deus, tudo o que eu peço ele me atende”, diz Maria. Ela conta: “Uma noite, em casa, eu estava fazendo minhas orações e senti uma mão no meu ombro e ouvi uma voz: ‘Não chore, se você chora você não confia em mim’. Depois disso fiquei mais forte.”
Casa adaptada
Kauã tem três irmãos: Bruna, 23; Bruno, 20; e Kauê Guilherme, 13; sendo que Bruno é aluno da Apae, por ser especial. Kauã está trocando os dentinhos e necessita de acompanhamento com odontólogo, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, usa fraldas e é preciso um armário para guardar todos os seus remédios.
A família já organizou dois almoços e uma rifa, cuja renda foi usada para comprar a cadeira adaptada, que deve ser trocada a cada dois anos. Agora, eles aguardam o contato do Centro Regional de Especialidades (CRE) para tirar as medidas para fazer a cadeira nova, o que deve acontecer nos próximos meses.
Seu pai tem o salão de beleza Neu Barber Shop, no Bairro Padre Ulrico, e Maria de Lourdes trabalha com um bazar em casa e faz bolachas para vender, mas não está sendo suficiente.
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Eles precisaram adaptar a casa e contam com uma maca para banho e uma cadeira para usar o vaso sanitário. Além disso, no momento, eles precisam de um suporte de soro, porque o que têm é emprestado.
Contribuições
Quem puder colaborar pode fazer depósitos na conta poupança na Caixa Econômica Federal, agência 601, operação 013, conta poupança 00143613-8. Em nome de Maria Machado. CPF 039267399-16.
