Preço do transporte até Paranaguá subiu mais de 30%.

A colheita combinada da soja no Sudoeste e Oeste do Paraná e no Mato Grosso do Sul está provocando a falta de caminhões para transportar a safra. É que, nestas regiões, a colheita atrasou e acabou coincidindo, fazendo com que haja muitos carregamentos disponíveis ao mesmo tempo.
O gerente da unidade de Beltrão da Coasul, Cleverson Penso, explica que a cooperativa tem garantido o transporte por ter contrato fechado antecipadamente, mas que o preço do frete subiu pouco mais de 10%.
“Estamos conseguindo retirar a colheita. O frete ficou um pouco mais alto, mas, geralmente, o motorista procura o Mato Grosso, onde consegue fazer uma média melhor de combustível e tem mais oferta de carregamento. Temos bastante pedido fechado, então, por enquanto, estamos conseguindo tirar”, comenta.
Em outros anos, enquanto a colheita estava terminando por aqui, iniciava em estados mais ao Norte. Segundo Penso, a tonelada transportada está custando cerca de R$ 150 até Paranaguá e R$ 185 para Rio Grande (RS). Ele acredita que nos próximos dias haja maior disponibilidade de caminhões na região, assim como ocorre todos os anos. Já o diretor do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos), Gilberto Gomes da Silva, avalia que a tonelada transportada para Paranaguá esteja em torno de R$ 160, sem contar o acréscimo do pedágio.
O valor é cerca de 30% maior que o praticado em safras anteriores. “Pode estar sobrando um pouco a mais em cada frete, mas o óleo diesel, que é o principal insumo do transporte, subiu consideravelmente neste ano, então está havendo uma compensação, por isso o frete mais caro”, analisa.
Média de 68 sacas/hectare
O Deral, da Seab, estima que cerca de 65% da safra esteja colhida na microrregião de Beltrão, que compreende 27 municípios e onde foram plantados 281 mil hectares. O rendimento médio até agora é de 68 sacas por hectare e a produção pode chegar a 1,1 milhão de toneladas.
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