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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

É boa a produtividade da soja na região

A preocupação é grande com as lavouras de feijão e milho pela condição do clima.

Área de milho safrinha prejudicada pela estiagem. Choveu pouco em fevereiro e março.

Nesta semana, a Seab atualizou os números da safra na região de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos. Segundo o técnico Antoninho Fontanella, “as estimativas indicam 98% da safra de soja colhida com a produtividade em torno de 3.970 quilos por hectare, uma produtividade média muito boa, que só foi superior na safra passada, que foi de 4.100 quilos por hectare. Mesmo assim, a produtividade de soja é uma das melhores atingidas na região; tivemos uma área plantada de 281 mil hectares, contra 267 na safra passada. Com isso, a produção foi a maior produção atingida: chegamos praticamente a um 1.150.000 toneladas e essa deve ser a produção encerrada na nossa região. Ainda existem em entorno de 2% a ser colhido nos municípios próximos a Santa Catarina e algumas lavouras esporádicas em alguns municípios.

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“Essa colheita deve ser encerrada nos próximos dias e, com isso, o produtor deve entrar com as culturas de inverno. A safra de milho é estimada como normal. Praticamente 100% da área foi colhida nos 16 mil hectares, com a produtividade que foi estimado em torno de 10 mil quilos por hectare e fechou com 7 mil quilos por hectare. Com isso, é uma queda de 30% na região; diria que foi significativa essa queda e se deu em função da questão climática, falta de precipitação nos meses de setembro, outubro e novembro e, também, a alta incidência de ataques da cigarrinha que aconteceu na nossa região. Devemos ter uma produtividade no estimado.Também estimamos a cultura da safrinha, no caso, feijão da segunda safra e milho safrinha.

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Para produção de grãos, o milho safrinha fechou praticamente com 100 mil hectares e 99 mil hectares deverão ser plantados nos 27 municípios da região, uma área bem superior aos 80 mil hectares da estimativa inicial.

A Seab também estima uma área de 37 mil hectares de feijão, bem superior à inicial que era de 25 mil hectares – e isso se deu, basicamente, tanto no milho safrinha quanto no feijão, em função dos bons preços. Tanto o preço do feijão, quanto do milho foi bem superior ao esperado pelos produtores. Com isso, há um grande motivador para o início do plantio dessas culturas.

Pena que o clima não tenha colaborado. Há muitas preocupações com as duas culturas: estão todas em campo, em desenvolvimento vegetativo e vêm apresentando muitos problemas em relação à falta de chuva. Isso deve ser analisado mais pra frente, no desenvolvimento da cultura e, com certeza, vamos ter quebra nas duas lavouras na região nas duas culturas. 


Preocupação com milho e feijão
Infelizmente, há uma preocupação muito grande em relação ao feijão e ao milho, em função da questão climática e também pela época em que foram plantada essas culturas. Houve atraso no plantio das duas culturas, em função do atrasado na colheita da soja normal.

Quanto ao da safrinha, atrasou a colheita em função da condição climática e isso fez com que muitos produtores plantassem o feijão da seca e o milho safrinha em épocas com sério risco de ser atingido pela ação climática.

Há o risco de entrar no período reprodutivo dessas culturas no inverno e, com isso, poderá haver consequências que vão ser avaliadas futuramente. Tem o milho plantado, agora, em 20 de março, período não recomendado pro milho, nem pro feijão e, com isso, não vão atingir a época de floração e frutificação lá no fim de maio e início de junho.

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