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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Centro de Equoterapia da Unisep contribui com desenvolvimento de crianças

Dos 50 pacientes atendidos, 26 são autistas.

Professora Bruna Faedo Costa com os acadêmicos de Fisioterapia Anna Giulia, Fabiano Girardi e Carolina, com o pequeno Davi.

Benefícios para o corpo todo. Além da questão física, a equoterapia contribui nas áreas psicológica, social e educacional de quem apresenta deficiência física ou mental ou tem alguma necessidade especial. Bruna Faedo Costa, professora supervisora do Centro de Equoterapia da Unisep, explica que a prática é indicada para casos como doenças neurológicas, genéticas e ortopédicas; alterações musculares; sequelas de traumas; doenças mentais; alterações psicológicas e comportamentais; alterações de aprendizagem e de linguagem.

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Atualmente, há 50 pacientes e, desse total, 26 são autistas; número que vem crescendo.Como o atendimento no Centro de Equoterapia da Unisep é feito por fisioterapeutas e estudantes de fisioterapia, são trabalhadas principalmente as dificuldades motoras.

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“No nosso caso ajuda muito com a autoestima dela e no desenvolvimento da coordenação motora. Também ajuda na postura corporal, porque ela cresceu bastante e algumas vezes já notava a coluna torta”, comenta Karina Elis da Rosa, mãe de Kaweni Luana Faligurski, 8 anos, que tem transtorno de comportamento. A equoterapia também é muito indicada para autistas. “Isso porque conseguimos trabalhar a socialização do paciente, a interação, a noção de tempo e espaço, a questão de linguagem e a organização. Isso reflete na diminuição da ansiedade.

Conseguimos trabalhar o equilíbrio também, a coordenação motora”, comenta Bruna. Ela acrescenta: “Também porquê entra nos aspectos de rotina do paciente. É uma terapia benéfica, porque tem uma questão de rotina importante pro autista. A própria relação que esse paciente tem com o cavalo desperta uma sensação de confiança, faz com que a gente consiga atingir melhor nossos objetivos. O cavalo é muito importante pro autista por ter sensações, emoções, por não ser uma máquina, um ser que responde a comandos e que desempenha um determinado comportamento.”

 Kaweni Luana Faligurski, 8 anos, que tem transtorno de comportamento, durante a equoterapia, com o acadêmico Lucas.

O atendimento no Centro de Equoterapia da Unisep é gratuito, sendo indicado a partir dos dois anos e meio, quando a criança consegue ter uma compreensão melhor. As sessões são realizadas uma vez por semana, com uma duração média de 30 minutos e esses estímulos continuam acontecendo, mesmo depois do término das atividades. Os atendimentos são individualizados e cada dia as atividades variam de acordo com a proposta terapêutica.

“Dentro dessas atividades, a gente trabalha a coordenação motora, o equilíbrio, a socialização, o vínculo do praticante com o cavalo, a organização temporal e espacial, as diversas texturas e sensações.”

Retorno em abril
“Paramos os atendimentos no dia do decreto estadual, retornamos dois dias e como os casos começaram a aumentar gradativamente, aqui em Beltrão, a direção achou por bem suspender os estágios, como prevenção. Já faz dez dias que estamos parados. Temos previsão de retorno pra, possivelmente, agora em abril, mas tudo vai depender da situação da pandemia”, ressalta Bruna. 

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