19.4 C
Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Terapia Ocupacional contribui para independência de pessoas autistas

Diana Dallastra Mora comemora o desenvolvimento do filho Davi, 5 anos.

A terapeuta ocupacional Cristiane Gracioli comenta que o objetivo é ajudar a melhorar a qualidade de vida. Na foto, com Davi, 5 anos.

Ao perceber que Davi, 5 anos, estava com desenvolvimento diferente das demais crianças, sua família buscou informações com o pediatra que, por sua vez, orientou para que se procurasse um terapeuta ocupacional para ajudá-lo no desenvolvimento. Diana Dallastra Mora, sua mãe, conta que eles moram em Salto do Lontra e não conseguiram de imediato esse profissional.

[relacionadas]

Eles iniciaram o atendimento com uma fonoaudióloga, pois a ausência da fala era o que mais preocupava. “Enquanto isso, buscamos neurologista, psicopedagoga, psicóloga e terapeuta ocupacional na busca do desenvolvimento do nosso filho. A terapia ocupacional trabalha o autodesenvolvimento, a independência, os cuidados que ele deve ter com ele e com o ambiente que está inserido, estimulando a organização, a apresentação pessoal e, juntamente com os demais profissionais, fazendo que ele se sinta inserido e pertencente em casa, na escola, na rua”, comenta Diana.

- Publicidade -

Ela destaca ainda que cada profissional tem o seu papel, a sua importância, mas a família é fundamental no desenvolvimento. “Esse processo inicia ao aceitarmos o nosso filho como ele é, ao entender que ele não é diferente, ele é verdadeiro, é espontâneo, é único. O nosso filho nos mostra que todo dia temos a oportunidade de aprender, de inovar e acreditar que podemos fazer diferente.”

Diana comemora que Davi, aos 5 anos, sabe se comunicar, tem contato visual, sabe se vestir sozinho e é uma criança muito feliz, carinhosa e criativa. “Davi sabe que ele juntamente com a irmã Ana Luiza são as nossas preciosidades, a nossa dose diária de amor, alegria.”

Atividades de vida diáriaA terapeuta ocupacional Cristiane Gracioli atende Davi na modalidade home care, ou seja, na casa dele em Salto do Lontra. Ela explica que quando se fala em Terapia Ocupacional e autismo, há várias áreas a serem trabalhadas, como as atividades da vida diária (AVDs); atividades relacionadas ao trabalho escolar; interação social; estimulação sensorial e o brincar.

“A criança aprende sobre o mundo quando interage com ele, usando as informações que lhe chegam pelos sentidos, essas interações se dão através do brincar, sendo este o principal recurso utilizado pela terapeuta ocupacional.”

Segundo Cristiane, o objetivo da terapia ocupacional é ajudar a melhorar a qualidade de vida em casa e na escola. O terapeuta ajuda a introduzir, manter e melhorar as habilidades para que as pessoas com autismo possam chegar à independência. “O tratamento é indicado assim que os primeiros sinais forem observados pela família e médico, pode ser aos 8 meses, como pode ser aos 5 anos. Quanto antes for iniciado, mais resultados podemos obter.” 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques