8.2 C
Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Trabalhadores paralisam o transporte urbano e reivindicam pagamento de salários

Guancino diz que o problema é a queda acentuada na arrecadação, poucos usam ônibus.

Funcionários cruzaram os braços na garagem da empresa, no Bairro Vila Nova.

 

O transporte coletivo urbano não operou durante todo o dia, ontem, nem deve operar hoje, em função da paralisação de trabalhadores do setor. Funcionários da Guancino reivindicam o pagamento dos salários de fevereiro e março e se mobilizaram na garagem da empresa, no Bairro Vila Nova.

Os ônibus começam a circular às 5h40 da manhã pela cidade, mas ontem não saíram da garagem. Os veículos fazem diversos itinerários nos bairros e área central. Por consequência, usuários não puderam usar o transporte e o terminal ficou vazio.

- Publicidade -

Josiel Telles, presidente do sindicato que representa os trabalhadores, aponta que o Sitrofab ajuizou ação cobrando os salários, mas ainda não há uma decisão da Justiça. “O pessoal decidiu por conta própria deflagrar essa paralisação para mostrar o descontentamento e mostrar à população o que está acontecendo com o transporte coletivo”, disse Josiel. Ele também comentou que já é o segundo ano que a Guancino opera sem reajuste na tarifa, apesar dos pedidos de aumento, e que isso acaba impactando os trabalhadores.

Ao Jornal de Beltrão, o gerente da Guancino Transportes Coletivos, Muran Almeida, confirmou pela manhã que falta pagar o salário de fevereiro para parte dos funcionários e que o problema financeiro da empresa surgiu do baixo número de passageiros transportados. “Uma comparação: se uma vez a empresa transportava 300 por dia, hoje transporta 100, mas a gratuidade continua, 30% dos passageiros transportados são gratuitos”, disse Muran.

 

[relacionadas]

A crise da Guancino vem se arrastando há meses e foi agravada com a pandemia — frota continuou rodando, mesmo com a queda de passageiros. Recentemente, o JdeB noticiou que a empresa tem dificuldades para comprar insumos básicos, como o óleo diesel.

 

O combustível ou os salários
“De minha parte, (o transporte coletivo de Beltrão) já teria voltado, mas eles (funcionários) dizem que sem receber não voltam”, disse ao Jornal de Beltrão o gerente Muran Araújo, no fim da tarde de ontem.

Segundo Muran, a empresa Guancino possui 14 ônibus e 52 funcionários. Ele diz que ia pagando hora o combustível, hora os salários. Mas a arrecadação caiu muito. “De 3.600 a 4.000 reais por dia, caiu pra 800.” Qual a solução? “Dinheiro”, ele responde. Dinheiro que não é arrecadado porque a população deixou de usar ônibus coletivo.

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques