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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

A comunicação sempre foi uma paixão para Sill Tatto

Sócia do jornal Tribuna dos Lagos, em Dois Vizinhos, ela decidiu que queria trabalhar com jornalismo quando tinha 14 anos.

Silvana Tatto é proprietária de jornal e colunista social em Dois Vizinhos.

Colunista social e sócia do Jornal Tribuna dos Lagos, de Dois Vizinhos, Silvana Tatto, a Sill Tatto, se apaixonou pelo jornalismo quando tinha cerca de 14 anos. Ela residia em Pato Branco, sua cidade natal, e, depois de conceder algumas entrevistas, decidiu que precisava trilhar o caminho da comunicação. “Eu achava bacana, me apaixonei pelo jornalismo, pelo clima, pelo ambiente dos jornais, então quis fazer isso, contar a história das pessoas”, lembra.

A primeira oportunidade profissional veio aos 17 anos. “Após muitas tentativas, consegui uma oportunidade na Rádio Cidade, em Pato Branco. Comecei no departamento de vendas e logo fui para a produção de textos de anúncios e para a formatação de notícias para o locutor Adair Kill, que apresentava o jornal. Não demorou muito, surgiu um horário para apresentar um programa musical e eu fui trabalhar, de graça mesmo, para aprender. Paralelamente, nesse período, com quase todo o dia vago, consegui uma coluna no extinto ‘Correio do Paraná’ sobre arte, cultura, variedades em geral. Ali tive meu sonho realizado, mas por pouco tempo.”

O jornal fechou, a rádio foi vendida e, mesmo diante dessa adversidade, ela não desanimou. “Eu estava profundamente triste e, em vez de ouvir os conselhos de minha mãe, que me pediu somente para focar nos estudos, fundei meu próprio jornal, um folhetim que dei o nome de ‘Monalisy – Informativo Cultural’. Assim me tornei empreendedora aos 18 ou 19 anos”.

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Mudança
Em 1996, quando mudou para Dois Vizinhos, o primeiro trabalho foi em uma empresa que prestava serviços para a Sadia (atual BRF) na área de limpeza e higienização. A comunicação, no entanto, seguia sendo um plano de vida. “Sempre fui apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Nunca soube explicar, mas existe algo que me puxa para essa área. Tentei mudar de profissão, mas sabendo que eu estava aqui, o pessoal do Diário do Sudoeste fez contato e passei a trabalhar com eles, mantendo o emprego anterior. Tentei também uma oportunidade nas rádios, mas não passei no teste. Depois de seis meses que eu estava na cidade, o Jeziel Marins, meu esposo, que é jornalista e eu já namorava, veio morar aqui. Ele havia tentado montar um jornal em São Jorge D´Oeste, não deu certo, e eu o motivei a investir aqui. Aí nasceu ‘O Nosso Jornal’, que depois se tornou ‘O Cadernão’ e, em seguida, foi vendido para o Grupo Diário e transformado em ‘Correio Vizinhense’, do qual o Marins era o editor e eu assinava uma coluna que destacava as mulheres de nossa cidade”, relata Sill.

Em 2003, o casal, em sociedade, fundou o Tribuna dos Lagos e o foco de Silvana passou a ser somente o jornalismo. “O que sempre me moveu é pensar que um povo precisa preservar suas memórias. Esse é hoje um dos propósitos de ainda se manter um jornal impresso: assegurar que as futuras gerações tenham história. No impresso, temos informações, mas, daqui a vinte anos, teremos a história de uma cidade e, consequentemente, das pessoas guardadas para a posteridade”.

Internet
A forma de comunicar foi bastante modificada e exigiu adaptações. “Foi uma revolução meio que assustadora. Da mesma forma que encurtou distâncias, transformou cada pessoa que tenha um celular e um perfil na rede social em gerador de conteúdo. É uma comunicação imediata que atinge objetivos de forma rápida e barata, embora nem sempre seja confiável. Eu sobrevivo da comunicação há alguns anos, mas precisei me reinventar. Inicialmente, eu postava no Facebook um pouco do meu trabalho e considerei que, para continuar tendo credibilidade, precisava ter um site. O jornal já tinha seu site e, em 2016, eu abri meu blog. Eu quis ter um site com meu próprio nome, além de um canal no YouTube para, justamente, poder postar meus vídeos no blog”, relata.

No começo, a mudança assustou, entretanto, com o tempo, o digital também se tornou uma paixão. “Foi difícil, mas hoje, com a internet, consigo comunicar de uma forma rápida e confiável para mais pessoas. Quando me deparei com a internet, tive medo que ela tivesse vindo levar meu sonho embora. Atualmente, meu trabalho é mais que um sonho é o meu sustento. Vivo somente da comunicação e, ao me deparar com as redes sociais tomando conta de tudo, dobrei meus joelhos e pedi a Deus uma luz. E ai do nada comecei gravar os vídeos. Amo a escrita, amo jornal, amo uma revista, um livro e até mesmo os cadernos de escritos que tenho guardados, mas a comunicação em vídeo é movimento, é contato direto com a emoção, com a voz, com o todo. Isso é fascinante. Já nesse cenário, em 2019, criei a ST Hits que inclui uma revista digital e a rede de influenciadores”, conclui.
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