Juliana Cadore, 27 anos, encontrou realização profissional na construção civil.

A fase dos 20 e poucos anos pode ser de incerteza para muitas pessoas, mas não para a engenheira ana Cadore. Aos 27, ela já encontrou sua realização profissional, e numa área até pouco tempo dominada pelos homens: a construção civil. “Sempre me posicionei e busquei meu espaço”, afirma.
Juliana saiu de casa aos 15 anos para estudar e se formou em Engenharia Civil. Também fez pós-graduação em Estruturas de Concreto e Fundações e em Engenharia Diagnóstica. As escolhas acadêmicas mostram sua grande identificação com o mundo das obras. “O que mais me fascina e´ saber que tenho total capacidade de transformar o sonho de alguém em realidade. Que entregarei o que será o lar de uma família, de várias famílias, a fonte de renda de alguém, e fazer isso atestando a segurança para quem em mim confiou me deixa extasiada”, declara a engenheira.
O trabalho de Juliana vai desde captar a ideia até a finalização do projeto, passando pelo planejamento e gestão da obra. Toda essa área ainda é predominantemente masculina, mas a engenheira frisa que não se sentiu desconfortável por ocupar estes espaços. “Nunca deixei me tratarem diferente por ser mulher. Sempre me posicionei e busquei meu espaço no mercado de trabalho, sempre cheguei e mostrei meu potencial. Acredito que ainda existe muita diferença entre homens e mulheres, se compararmos o salário, por exemplo. Porém, acho que cada uma tem que fazer sua parte, correr atrás dos seu sonhos e buscar seu espaço no mercado de trabalho, independentemente da área que decidir atuar.
Mãe e empresária
Além da engenharia, Juliana também já descobriu outros dois mundos: o da maternidade e do empreendedorismo. Casada com Esmael Cadore, ela é mãe das gêmeas Laura e Luísa, de 1 ano e 1 mês, e dona de duas empresas, uma construtora de projetos de alto padrão em Foz do Iguaçu e a Casa do Construtor, uma franquia de aluguel de ferramentas, equipamentos e máquinas para a construção civil aberta em Francisco Beltrão.
“Esse árduo caminho até aqui, quase dez anos, entre tempo acadêmico e profissional, exigiu muitos sacrifícios, trabalhei inúmeras madrugadas para concluir projetos, trabalhei diversos finais de semanas e feriados, trabalhei grávida das gêmeas até as 30 semanas, e falo com todas as letras que foi um sacrifício que valeu a pena. Vale a pena quando você enxerga a confiança do seu trabalho no olhar do cliente, quando você enxerga no cliente a felicidade do seu maior sonho, que e´ a casa própria, realizado”, destaca Juliana.
Para conciliar as rotinas profissional e pessoal, a engenheira lembra da importância de ter uma rede de apoio: “Acho muito importante você ter uma rede de apoio, seja ela na área profissional ou pessoal, que te dá suporte para conciliar as duas coisas. Organizo a minha agenda para estar 100% para meu trabalho durante a semana e final de semana dedico 100% à minha família”.
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