Agricultura

O mês de abril chega ao fim com chuvas de apenas 3 mm, que, somados aos 60 mm de março e 22 mm em fevereiro não foram suficientes para o bom desenvolvimento das lavouras na microrregião de Pato Branco. Segundo Ivano Carniel, do Deral-Seab de Pato Branco, os números indicam prejuízos gigantescos, com redução drástica na produtividade. “O volume de chuvas esperado era de 500 mm, para se ter uma ideia do déficit.”
No caso do feijão, a área plantada de 60 mil hectares, em segunda safra, tinha uma estimativa de 120 a 130 mil toneladas, 26% da oferta de feijão do Estado neste início de ano, mas não deverá chegar 80 mil toneladas, cerca de 35% menos. No caso do milho, foram 80 mil hectares com produção estimada em 500 mil toneladas, já reajustadas para 350 mil toneladas, com perda de 35% já consolidada.
As perdas são gigantescas, segundo o Deral, atingindo a cifra de R$ 450 milhões, dinheiro que deixa de circular na economia local.
Ivano Carniel destaca ainda que os prejuízos não param por aí, porque na medida que os dias avançam sem chuvas o problema se agrava. “Já temos relatos de perdas mais acentuadas, chegando até a 70% da capacidade produtiva das lavouras.”
Nesta semana, o Deral-Seab, Núcleo de Francisco Beltrão (27 municípios da microrregião), divulgou uma estimativa de perdas de R$ 356 milhões em decorrência da estiagem para as culturas de milho, feijão, pastagens e leite — totalizando cerca de R$ 800 milhões no Sudoeste.
Colaborou Flávio Pedron