Estão recebendo as refeições pela manhã e tarde pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O programa de distribuição de alimentos prontos para o consumo completou, ontem, um mês e já distribuiu 60 mil refeições. São beneficiadas famílias em situação de vulnerabilidade social. A medida foi adotada pela administração municipal de Francisco Beltrão em função da pandemia do coronavírus, pois muitas famílias tiveram redução ou perda total de sua renda.
Em média são entregues duas mil refeições por dia, metade no almoço e a outra metade no jantar. Diariamente, cerca de 100 servidores municipais e voluntários preparam a comida, acondicionam os alimentos em marmitas de isopor, fazem o transporte e a distribuição pela cidade.
Os alimentos prontos são distribuídos a partir das 11h30 e das 17h30, em seis locais: Bairro Padre Ulrico (centro comunitário); Bairro Sadia (antigo posto de saúde); Bairro Pinheirão (Ceju); Bairro Cantelmo (centro comunitário); Bairro São Francisco (centro comunitário); Bairro São Miguel (Associação Sensibilizar). Nestes locais, os professores de cada bairro conhecem as suas regiões e ajudam na distribuição para as famílias.
As marmitas são colocadas em caixas de isopor para que a comida não esfrie até ser levada aos locais de entregas. São mobilizados caminhões furgão, ônibus e vans para levar as marmitas até os pontos de distribuição. Os alimentos para preparar as refeições são comprados pela administração municipal, mas também há entidades, empresas e voluntários e produtores rurais que estão doando produtos. O Programa Mesa Brasil, do Sesc, entrega uma média de mil quilos por semana para o programa da Prefeitura de Beltrão.
Produção média diária dos principais pratos:
100 quilos de feijão
220 quilos de arroz
240 quilos de carne
Um dia é preparada mandioca, noutro macarrão. Também são preparados e servidos legumes. A coordenação é da Assistência Social com envolvimento de seis pessoas
Muitos atendidos são do Loteamento Terra Nossa
No centro comunitário do Bairro Padre Ulrico/Terra Nossa são entregues cerca de 760 marmitas diariamente – antes do meio dia e no fim da tarde. Para garantir o acesso à comida, as pessoas se antecipam à chegada do veículo que traz as refeições e ficam esperando dentro ou fora do local.
Pela manhã, a fila começa a se formar a partir das 10h30 e de tarde às 16h30. Na parte de dentro foram colocadas cadeiras com distanciamento para evitar aglomerações. As pessoas vão chegando e as responsáveis pelo local pegam os nomes para depois fazer a entrega das marmitas. Cerca de 190 famílias são atendidas pelo projeto social.
Marizete Alves da Rosa, que está ajudando nas entregas, relata que a maioria das atendidas vive em situação bem precária. “Quase 80% do pessoal vem do Terra Nossa, são pessoas sem emprego fixo ou desempregadas”, comenta. Marizete, funcionária do Departamento de Cultura, e Iloci Tavares, do Centro da Juventude, coordenam as entregas no bairro.
Dona Sirlei Correa dos Santos, do Terra Nossa, é uma das beneficiadas pelo projeto. Moram ela, o marido e os dois filhos. O marido não tem emprego fixo. “O que vier, ele tá fazendo”, ressalta Sirlei. Ela diz que não pode reclamar porque tem conseguido as marmitas para alimentar sua família. A dona de casa, que faz costuras, diz que as marmitas “são bem organizadas, bem caprichadas. Eu, graças a Deus, não posso reclamar.”
