Pela primeira vez na sua história, município terá eleição suplementar.

Domingo chega ao fim um momento inédito em Nova Prata do Iguaçu: eleição fora de época para prefeito. Três chapas concorrem: a do prefeito interino, vereador Sérgio Faust (PL), com o vereador Odair Pez (PSD) de vice; agricultor Edilsom Grassi (PSDB), com a ex-vereadora Ivanir Cristani “Tatinha” (PSC) de vice; e, por fim, a chapa pura do PSB, agricultor Sandro Oltramari a prefeito e a agricultora Flávia Otto a vice.
Muita coisa da campnha foi pelo Facebook. E para hoje estão marcados comícios virtuais. Ao longo das últimas semanas, propostas e apoios foram apresentados, inclusive com a presença de deputados.
Paulo Litro (PSDB) e Wilmar Riechembach (PSC) estão torcendo para o tucano Grassi. “Fui o deputado mais votado em 2018 e quero continuar ajudando o município junto ao Governo do Estado”, comentou Paulo Litro, que obteve 1,1 mil votos em 2018. Para federal, o segundo mais votado foi Fernando Giacobo (PL), com 790 votos. Ele declarou apoio a Sérgio Faust. O mais votado para federal foi Neveraldo Oliboni (PT), que teve mil votos e é do município.“É uma grande satisfação estar ao lado de Sérgio Faust e de Odair Pez nesse processo eleitoral. Com uma gestão eficiente, vamos trabalhar para promover o desenvolvimento do município”, disse Giacobo.

nº 40.
Sandro Oltramari, o Sandrão, também deu seu recado: “O dia das eleições se aproxima e o nosso povo vai tomar consciência de qual candidato não está no panelão. Nova Prata merece um governo de verdade”, declarou o socialista, que também foi candidato no ano passado e alcançou 388 votos (5%).
Disputa em 2020
Na ocasião, a disputa acirrada se deu entre Ari Gallert (PTB) e Edilsom Grassi (PSDB), com vitória do petebista por apenas 19 votos — 3.299 a 3.280. Ou 47,3% a 47%. Gallert foi impugado por questão de prazo de desincompatibilização. Ele recorreu, mas não reverteu.Foi decidida então nova eleição para o Executivo. O prefeito interino foi Sérgio Faust, que havia sido escolhido presidente da Câmara de Vereadores. Ele e Grassi estavam no mesmo grupo político — a coligação “Nova Prata que queremos”.
Com o novo pleito, a disputa dentro do grupo pendeu para o lado de Grassi, então novamente candidato. Daí Sérgio se aliou com o grupo de Ari Gallert e agora dois ex-aliados estão em busca dos votos novapratenses.“Juntos por Nova Prata”, de Sérgio, reúne PL, PSD, MDB, PDT e Pros.“Nova Prata igualdade e progresso”, de Grassi, reúne PSDB, PSC, PSL, PT, PP, Cidadania e Patriota.
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Vitória por um voto
Nova Prata do Iguaçu é um município bem politizado. Nunca teve candidatura única. Desde a primeira, em 1982, em seguida à emancipação de Salto do Lontra, a população teve opção.E Nova Prata do Iguaçu tem na sua história a mais acirrada busca de votos da história do Sudoeste: em 1988, um voto de diferença em favor de Sady Malacarne (2.043 votos) contra Edgar Scotti (2.042). Naquela vez, Darcílio Camargo teve 1.439 votos e Ivo Schneider, 323.
Persistência
Nova Prata do Iguaçu também tem história de persistência política. Rubem Foletto foi vice-prefeito de 1993 a 96 e concorreu a prefeito em 1996, 2000 e 2004, acumulando duas derrotas. Venceu em 2004, com 3,6 mil votos, contra Ivo Schneider, que somou 2,5 mil.
Sete prefeitos
Nova Prata do Iguaçu teve sete prefeitos na sua história — Setembrino Thomazi (três vezes), Sady Malacarne (duas vezes), Jair Morgan (duas vezes), Adroaldo Hoffelder (duas vezes), Edgar Scotti (uma vez), Rubem Foletto (uma vez) e o atual, Sergio Faust.
