Religiosa, ela afirma que ainda não decidiu por qual partido pretende concorrer.
A pastora Patrícia Anghinoni Bonissoni, 46 anos, confirmou ser pré-candidata a deputada federal pelo Paraná no ano que vem. A revelação foi feita em primeira mão durante o Programa Encontro Marcado, da Ação TV, aos comunicadores Everton Leite, Ademir Augusto, Rafael Júnior e Tiago Machado. Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ela afirma que defende o conservadorismo e os valores da família e que quer chegar ao Congresso Nacional para fazer com que o núcleo familiar seja preservado daquilo que provoca malefícios, como a bebida e as drogas.
“Sonho com políticas públicas que atendam à família”, fala. Ela foi consagrada pastora no ano de 2002 e atua na 7ª Igreja Quadrangular de Francisco Beltrão. Além de pastora, Patrícia trabalha na equipe do deputado estadual Gilson de Souza (PSC). Fã da ministra Damares Alves (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), Patrícia avalia que, cada vez mais, é necessário que as pessoas exerçam sua cidadania de forma consciente na hora de escolher seus representantes políticos. Somente na rede social Instagram, Patrícia tem 359 mil seguidores. No Facebook, dos que acompanham suas ‘lives’, ela diz que são 4,9 milhões de pessoas em todo o Brasil. “Em Curitiba são 300 mil todas as semanas, em Londrina 90 mil e em Cascavel, 80 mil”, destaca. Patrícia concorreu a uma cadeira no Legislativo municipal beltronense no ano de 2012 pelo PSDB, mas ficou na suplência do partido, com 1.007 votos.
Religião e política
A história registra que os dois temas sempre estiveram entrelaçados em todo o mundo e nas mais diferentes épocas. Com relação a isso, Patrícia afirma que a religião não deve ser usada para que os políticos sejam catapultados aos cargos. “Não devemos usar a religião como imposição através da política. Precisamos da política como cidadãos. Deus nos deu o dever de exercermos a cidadania consciente”, diz. A hora do voto, segundo ela, é uma das mais importantes, e saber decidir quais serão os governantes é primordial para que a população não tenha decepções futuramente. “Precisamos mudar isso. Será que estamos votando em pessoas que têm princípios? Temos que ajudar as pessoas a exercer sua cidadania com responsabilidade.”
Candidatura
Patrícia fala que ainda não sabe por qual partido deve concorrer, mas que já está conversando com algumas lideranças estaduais e federais. Dois dos partidos são o PSC (Partido Social Cristão) e o PSD (Partido Social Democrático). “Coloquei meu nome à disposição da igreja e da sociedade. Recebi muitos convites e estamos conversando. Sonho em ver um Brasil melhor para os nossos filhos”, conta ela, que também se diz admiradora do trabalho do ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura. “Depois do ministro Paulo Guedes [Economia], acho que hoje o Tarcísio é o nosso melhor ministro.”
Paixão pelo legislativo
Perguntada sobre as metas para seu futuro político, Patrícia diz que gosta muito do Legislativo, em todas as suas esferas, e pede que as pessoas tenham mais atenção e acompanhem o trabalho dos políticos em quem votaram, para que possam cobrar depois. “Tenho paixão pelo Legislativo. As mudanças, em qualquer País, sempre passam pelo Legislativo”. Sobre a Prefeitura de Beltrão, ela fala que não tem “nenhuma pretensão de ser prefeita”. O envolvimento das pessoas com a sociedade em que vivem é uma das questões que Patrícia avalia serem mais importantes para o desenvolvimento. “Convido a todos para que participem mais das associações de bairros e dos conselhos, para que possamos ver as transformações que todos queremos”, finaliza.
Viabilidade da candidatura em 2022
Para que passasse a pensar na viabilidade da sua candidatura, a pastora Patrícia conta que está sempre observando o número de pessoas que a seguem e a acompanham nas redes sociais. “A internet passou a ser fundamental, especialmente após o surgimento da pandemia.” São 700 mil seguidores somente no Paraná. “Quero ser representante do Sudoeste em Brasília para que possamos unir ideias”, diz. Quanto à votação necessária para sua eleição, Patrícia fala que vai trabalhar muito para que possa fazer o maior número possível na região.
“Minha base eleitoral é Francisco Beltrão e quero ser representante dos cristãos do Paraná e de todo o País. Acredito que são necessários 70 ou 80 mil votos. Em função da pandemia, será uma campanha muito diferente”, prevê. No que diz respeito ao financiamento de campanha, de acordo com a legislação eleitoral brasileira, 30% da verba do fundo eleitoral dos partidos deve ser destinado para candidaturas femininas. “Temos uma perspectiva muito boa”, avalia a partir desse cenário.
